Pular para o conteúdo principal

UMA ESCOLHA SÁBIA E MUITO CIVILIZADA

 


Todos os dias, mulheres realizam abortos. Então, qual a solução? Ora, se isso já acontece e é imparável, se o caso é de “saúde pública”, então, legalizem tudo de uma vez! Assim, mulheres poderão seguir matando crianças em seus ventres (ou parindo-as para esse fim, dependendo da idade do bebê) com o conforto de uma clínica limpinha e cheirosa.

Todos os dias, adolescentes são abordados em pracinhas perto de escolas. Gurizada rica, pobre ou de classe média, não importa: a maconha sempre rolou solta entre ela, e as medidas socioeducativas que buscam corrigi-las não conseguem acabar com o problema! Então, o que fazer? Claro! Legalize o consumo de drogas, não importando se os jovens seguirão comprando de traficantes, os vetores da violência no país. Afinal, é caso de “saúde pública”, sendo irrelevante que isso incentive o consumo e, consequentemente, piore a “saúde pública” devido ao consumo, em si, e à violência que o envolve.

E as compras de votos de parlamentares, como o mensalão? Ah, isso é algo que sempre existiu e sempre precisou existir para os governos “funcionarem”. Então, o que fazer? A resposta é repetitiva: legalizem a prática e a chamem de “orçamento secreto” ou “emendas parlamentares”, dependendo de quem sentar na cadeira presidencial. Agora, se a coisa apertar e a saúde do governo estiver sob o risco, faça um agradinho corroborado pela lei e tá tudo certo.

E por falar em política, o que dizer da grana para campanhas eleitorais e dos bilhões que acabariam desviados de obras públicas para se destinarem aos bolsos de políticos e partidos? O problema não são os bilhões gastos, mas eles serem gastos de maneira escondida. O importante é a grana chegar aos políticos e partidos em suas campanhas. Então, transformem “petrolão” em “Fundo Eleitoral” e está resolvido. Se até 2022, 25 bilhões de reais da corrupção já haviam retornado aos cofres do país, de 2018 até hoje já foram gastos quase 15 bilhões “limpinhos”.

Se o crime é imparável, basta legalizá-lo. Uma escolha sábia e muito civilizada. 

Acreditem: é verdade esse bilete!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

TIA NOECI, HENRIQUE E EU

  Enquanto eu e o Henrique almoçávamos assistindo ao Chaves e ao Chapolin, lá estavas tu, convencendo o meu irmão a, para a comida, dizer “sim”, antes que eu desse cabo aos restos a serem deixados por ele que, diante de uma colher de arroz e feijão, insistia em falar “não”. Enquanto eu e o Henrique estávamos na escola, durante a manhã, na época do Mãe de Deus, tu arrumavas a bagunça do nosso quarto, preparando-o para ser desarrumado outra vez. Então, quando desembarcávamos da Kombi do Ademir, tu, não sem antes sorrir, nos recebias cheia de carinho e atenção, e dava aquele abraço caloroso que transmitia o que havia no teu coração. Enquanto eu e o Henrique, em tenra idade escolar, tínhamos dificuldades nos deveres de casa, tu estavas lá, nos ajudando a ler, escrever e contar, pois, embora a humildade seja tua maior virtude, ela era muito menor do que tua doação. Sabias que, em breve, não mais conseguirias fazê-lo, mas, até lá, com zelo, estenderias tuas mãos. Enquanto eu e o Henri...

O ÚLTIMO DIA DA MINHA INFÂNCIA

  Eu olhava para eles, e eles, para mim. Não sorriam, mas também não choravam. Apenas aguardavam, resignadamente, pela minha decisão. Estavam todos ali, amontoados no armário cujas portas, naquele momento, eram mantidas abertas. Encarando-os, via-me dividido, pois persistia, em mim, uma certa vontade de dar asas à imaginação e criar mais uma história com meus Comandos em Ação, meu Super-Homem, meu Batman, o Robocop. Porém, paradoxalmente, uma força interior impedia-me de fazê-lo. Sentia-me tímido e desconfortável, mesmo na solidão do meu quarto, onde apenas Deus seria testemunha de mais uma brincadeira . TRRRIIIIMMMM! O chamado estridente do telefone, daqueles clássicos, de discar, quase catapultou meu coração pela boca. De repente, fui abduzido pela realidade e resgatado de meus pensamentos confusos. Atendi. “ Oi, Renan! É o Harry!”, identificou-se meu velho amigo e, na época, também vizinho e parceiro de molecadas na Rua Edgar Luiz Schneider. “ V amos brincar de esconde-e...

O MELHOR PAI DO MUNDO

  “ O melhor pai do mundo é o meu!” Disse ao amigo a criança Que respondeu “ É o meu e não o teu!” E discutiram cada vez mais Sempre exaltando As qualidades Dos seus pais Tinham bons argumentos: Mais forte ou inteligente? Mais prudente ou valente? E assim debatiam Sérios, não sorriam Até que os pais chegaram Um de um lado, o outro, do outro Os filhos para eles correram E cada um lhes disse: “ Você é o melhor pai do mundo”. E os pais sorriram e partiram De mãos dadas com os filhos Afinal, nada mais profundo Do que ouvir aquilo De quem mais importa No mundo. Para não haver dúvidas Escrevo, sem hesitar O melhor pai do mundo é o meu Mas torço para que tu aches A mesma coisa Em relação ao teu. Feliz aniversário, paizão Eu te amo do fundo Do meu coração