Meus queridos amigos Andrei
e Alice já viviam praticamente juntos e tinham planos que iam de uma grande e
tradicional festa de casamento a uma celebração mais restrita no exterior, mas começaram
a adaptar seu projeto para algo diferente: casar em casa. A casa, porém, não seria
a deles, mas a da família do Andrei. Ou seja, o mesmo lugar onde noivo passou a
maior parte de sua vida agora receberia as chaves para a sua nova e mais
grandiosa etapa: o matrimônio.
Essa chave era a Alice, e é
interessante pensar que uma casa, ainda que linda e cheia de histórias e
realizações, habitada e usufruída por cerca de duas décadas por um deles, estava,
em todo esse tempo, no aguardo do seu ápice, do seu mais fabuloso acontecimento.
A verdade é que a vida não
dispõe de passado ou futuro. O que há é um constante presente. É assim o tempo
aos olhos de Deus, e é assim que devemos exercitar nossa percepção da
realidade. Logo, enquanto Alice e Andrei permaneciam à minha frente de mãos
dadas, atentos à mensagem que eu lhes transmitia, eles não estavam vivenciando
mais um marco histórico daquele lugar, mas ali se encontravam como se sempre
ali tivessem estado. Tudo o que já se passou e passa naquela casa ainda contém
aquele lindo momento, e eu diria mais: aquela noite iluminada sempre esteve
ali, apenas no aguardo da hora certa para ser vista e sentida pelos noivos e
suas testemunhas.
A vida é como um livro com várias
linhas narrativas que vão se conectando a partir de nossas escolhas e, como num
livro, a história da Alice e do Andrei está impressa naquela casa para sempre,
eternamente iluminada pelo brilho daquele luar primaveril, e seus sorrisos e
sua alegria estonteante me marcarão para sempre, não como uma lembrança, mas
como algo que acontece nesse exato momento diante de meus olhos.
Alice e Andrei, muito
obrigado pela honra de ter celebrado o seu casamento!
*Imagem 1: arquivo pessoal
** Imagem 2: @edudefferari
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