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QUEM AMA, CUIDA





Nesse último mês de março, publiquei várias crônicas de autoria de Greta Cardia E. M. Guimarães, minha mãe e parceira do perfil @cronicasdofilhoedamae, que integraram o Mosaico Porto Alegre 250 Anos, organizado pela Oficina Santa Sede. O projeto consistiu em textos inspirados por imagens da Capital gaúcha captadas por excelentes fotógrafos, e devo admitir que há tempos eu não valorizava tanto o espírito dessa cidade que me recebeu no mundo e, até hoje, me acolhe.

 Lembro-me de Porto Alegre como um destaque em minha vida escolar em apenas um único e isolado ano. Foi em 1994, Terceira Série do Colégio Mãe de Deus. A professora era a querida Daurivete Braga de Freitas, a primeira a quem me referi como tal e não como “tia”. Aquilo me marcou, afinal, nunca estudara sobre nossa cidade, e foi bem legal saber um pouco de sua história e de seus símbolos.

 Na segunda-feira (28/03), a escola Fazendo & Acontecendo promoveu uma bela exposição com trabalhinhos feitos pelos seus alunos, entre eles a Glória, minha filha mais velha, que, empolgada com o projeto, não parava de falar de Porto Alegre, fazendo referência a lugares que ela havia desenhado/pintado/montado, como a Ponte dos Açorianos, os Arcos da Redenção, a Usina do Gasômetro e o Pôr do Sol do Guaíba. O ápice foi no sábado, aniversário da cidade, quando ela quis puxar um “Parabéns a Você”. Não apenas o fez como ainda largou um “Ra-tim-bum” no final!

 Não há como melhorarmos o lugar onde vivemos se não o conhecermos, valorizarmos e, principalmente, amarmos, e quando se fala em amor, muitos confundem com cegueira ou fanatismo, mas isso é um erro: amor é o primeiro requisito para uma exortação franca e, para que ela seja bem feita, é preciso conhecer e entender. No entanto, o amor à nossa terra não deve ter um fim utilitarista e crítico, mas ser espontâneo e dotado de um fim em si mesmo. As inconformidades virão ao natural, mas evitarão uma demonização do nosso lar, sopesando ao máximo o que ele tem de bom.

 Que mais crianças aprendam sobre suas terras natais, amando-as e valorizando suas histórias e símbolos! Afinal, como diz o sábio clichê, “quem ama, cuida”.







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