Crônicas, contos, poesias e algo mais.
Por RENAN E. M. GUIMARÃES.
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O REMÉDIO DE QUE PRECISAMOS
Enfim sexta-feira e, com ela, uma
dica de filme pra fechar a semana. Matrix (1999) pode não ser recente, mas se
revela um clássico pela perenidade de sua mensagem. A obra revolucionou a indústria
com inovadoras cenas de ação e efeitos especiais, mas o melhor, porém, foi a
sua versão para o famoso mito da caverna de Platão, materializado na célebre “pílula
vermelha”.
A cena é memorável: Neo (Keanu
Reaves), já “arrebatado” pela equipe de Morpheus (Lawrance Fishburne), tem, agora, o direito de escolher: se ingerisse a pílula
azul, retomaria sua vida virtual como se apenas despertasse de um sonho; se tomasse a vermelha, aceitaria o desafio de encarar a dura e cruel
realidade, ficando no "País das Maravilhas" para descobrir "até onde vai a Toca do Coelho". Alertado de que lhe era oferecida "a verdade, nada mais", ele opta pela vermelha e por
empunhar o cajado do real no vale da sombra da morte, em vez do sono aconchegante
da cela da falsidade. Esse é o ponto: a guerra, no filme, não é entre homem e máquina,
mas entre verdade e mentira.
Claro, há quem diga que, se a Matrix é
uma ilusão, o “mundo real” também poderia sê-lo. A filosofia claramente
promovida na obra, porém, indica que há a verdade e ela está atrelada
justamente a sua busca livre, espontânea e voluntária. Ou seja, aqueles que
buscam livremente a verdade estarão cada vez mais próximos dela e, ao mesmo
tempo, expostos à perseguição e à dor. Por outro lado, os que se contentam com
o universo que lhes é apresentado, apesar do conforto da ilusão, seguirão sendo
por ele manipulados, escravizados, encarcerados e, literalmente, sugados e violados.
Assistir à obra e pensar sobre sua
ideia é fundamental quando, no Brasil e no mundo, a pauta é uma só, e, a fim de
evitar um carimbo difamatório, sequer mencionarei a palavra, mas apenas a
pergunta: aquilo é eficaz e seguro? Antes de responder com o fígado, respire
fundo e escolha conscientemente a pílula que você tomará.
Ontem o dia foi corrido e realmente não deu para fazer a reflexão a partir de um #tbt. Porém, por que não um #fbf (Flashback Friday)? A vida já é dura demais para condicionarmos lembranças a dias específicos da semana! Pois na quarta-feira escrevi sobre símbolos e me inspirei na linda celebração de casamento que fiz na @loja_loveit, entre a @adrianasviegas e o @tales.viegas e, claro, a lembrança da semana, precisava ser a deles. Pra quem não sabe, os dois se conheceram e, mais tarde, iniciaram seu namoro a partir de maratonas, e esse esporte muito tem a ensinar quando se fala em relacionamentos e, claro, matrimônio. Em uma maratona, em meio a confusão da largada, a única certeza é a incerteza acerca do que virá nos primeiros metros ou nos quilômetros finais da prova. Logo nos primeiros passos, é possível que tropecemos em algum atleta que venha a tombar, podemos ficar ansiosos ante a dificuldade em avançar rapidamente, e é difícil prever precisamente qual será o...
Essa tira foi desenhad a por um amigo meu, Rodrigo Chaves, o qual realizou tal trabalho em parceria com outro artista, Cláudio Patto. Acho simplesmente excelente essa série de tiras chamada "High Shool Comics", que trata do cotidiano da vida escolar, sempre com bom humor. Mereceria aparecer todos os dias nos jornais, sem dúvida. Se a visualização não ficou boa, cliquem na imagem. Querem ver mais? Então acessem: http://contratemposmodernos.blogspot.com .
Amanhã é natal, e duas imagens me vêm à cabeça: a do presépio e a do Papai Noel. Claro que a primeira é muito mais importante do que a segunda, mas a nossa cultura está aí e é inevitável pensarmos no barbudinho de vermelho. Quando alimentamos o símbolo do Papai Noel, alimentamos a fantasia, e não se trata de uma fantasia qualquer. As crianças crescem ouvindo sobre ele, o trenó, os duendes, o Polo Norte, a descida pela chaminé e tudo o mais, até que, um dia, vem a aguardada pergunta, o rompimento de uma fronteira do seu amadurecimento, e nada nos resta a não ser dizer a verdade. Lembro-me de quando fiz a pergunta e da tristeza ao ouvir a resposta, recordo-me da reação ainda mais decepcionada e revoltada do meu irmão, e temo por isso quando chegar o momento da revelação para as minhas filhas. Então, por que alimentamos essa fantasia? Tolkien entendia de fantasia. Sem fazer uso de alegorias como as do seu amigo C. S. Lewis, ele queria desenvolvê-la como uma ilustração da Verdade ...
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