Pular para o conteúdo principal

VOCÊ CONHECE QUEM VOCÊ VÊ?

 


Hoje é sexta-feira e nada melhor do que encerrar a semana comendo algo diferente e assistindo a um bom filme. Se uma boa comida satisfaz nosso paladar, um grande filme alimenta nossa alma. Assim, que tempero você procura para o seu espírito? Se a ideia é uma dose de fé com uma pitada de esperança na humanidade, confira Somos Todos Iguais (2017).

 Disponível na Netflix, o filme conta a história real de Debbie Hall (Renée Zellweger) que, ao perdoar de um adultério o marido Rob (Greg Kinnear), “convence-o” a ajudá-la em uma ONG que auxilia indigentes. Um deles é o arisco e violento Denver (Djimon Hounsou), então conhecido como “Suicide”, que Debbie percebe ser quem lhe aparecera em um sonho misterioso. Convencida de que deve fazer algo pelo homem, incentiva o esposo a dele se aproximar, uma missão que mudará a vida dos três e de muitas pessoas.

 A obra é muito bem feita, iniciando com várias interrogações e apresentando, aos poucos, os personagens e sua essência. Mais do que um recurso técnico, esse desenrolar da história tem tudo a ver com a mensagem principal: afinal, vemos o que o outro é ou quem ele é?

 Você começa vendo o próspero casal, o mendigo violento, o pai estúpido, os milionários altruístas. Acontece que seus olhos percebem apenas o que está diante deles, mas não o que há por trás de quem é visto, suas histórias imperfeitas e talvez trágicas, suas personalidades complexas, a intenção de seus atos. Aos poucos, porém, conhecemos aquelas pessoas e enxergamos seus corações. É o que faz Debbie, quando pergunta a Denver qual o seu nome, recusando-se a chamá-lo pelo apelido que o reduzia a um rótulo. A partir disso, reflete-se que, assim como o outro pode não ver a nossa essência, nós, muitas vezes, ignoramos a dele. Somos igualmente preconceituosos.

 Assista ao filme e saia com a lição de que você só enxergará a verdade sobre o outro se tentar saber quem ele realmente é, e verá que a bondade pode ser encontrada onde menos se espera.


* Imagem: https://www.correiobraziliense.com.br/diversao-e-arte/2021/08/4944170-sessao-da-tarde----somos-todos-iguais----e-exibido-nesta-quarta--18.html

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

CASAMENTO É UMA MARATONA

  Ontem o dia foi corrido e realmente não deu para fazer a reflexão a partir de um #tbt. Porém, por que não um #fbf (Flashback Friday)? A vida já é dura demais para condicionarmos lembranças a dias específicos da semana! Pois na quarta-feira escrevi sobre símbolos e me inspirei na linda celebração de casamento que fiz na @loja_loveit, entre a @adrianasviegas e o @tales.viegas e, claro, a lembrança da semana, precisava ser a deles.   Pra quem não sabe, os dois se conheceram e, mais tarde, iniciaram seu namoro a partir de maratonas, e esse esporte muito tem a ensinar quando se fala em relacionamentos e, claro, matrimônio.   Em uma maratona, em meio a confusão da largada, a única certeza é a incerteza acerca do que virá nos primeiros metros ou nos quilômetros finais da prova. Logo nos primeiros passos, é possível que tropecemos em algum atleta que venha a tombar, podemos ficar ansiosos ante a dificuldade em avançar rapidamente, e é difícil prever precisamente qual será o...

Dica de Tiras - High School Comics

Essa tira foi desenhad a por um amigo meu, Rodrigo Chaves, o qual realizou tal trabalho em parceria com outro artista, Cláudio Patto. Acho simplesmente excelente essa série de tiras chamada "High Shool Comics", que trata do cotidiano da vida escolar, sempre com bom humor. Mereceria aparecer todos os dias nos jornais, sem dúvida. Se a visualização não ficou boa, cliquem na imagem. Querem ver mais? Então acessem: http://contratemposmodernos.blogspot.com .

POR QUE A FANTASIA?

  Amanhã é natal, e duas imagens me vêm à cabeça: a do presépio e a do Papai Noel. Claro que a primeira é muito mais importante do que a segunda, mas a nossa cultura está aí e é inevitável pensarmos no barbudinho de vermelho. Quando alimentamos o símbolo do Papai Noel, alimentamos a fantasia, e não se trata de uma fantasia qualquer. As crianças crescem ouvindo sobre ele, o trenó, os duendes, o Polo Norte, a descida pela chaminé e tudo o mais, até que, um dia, vem a aguardada pergunta, o rompimento de uma fronteira do seu amadurecimento, e nada nos resta a não ser dizer a verdade. Lembro-me de quando fiz a pergunta e da tristeza ao ouvir a resposta, recordo-me da reação ainda mais decepcionada e revoltada do meu irmão, e temo por isso quando chegar o momento da revelação para as minhas filhas. Então, por que alimentamos essa fantasia? Tolkien entendia de fantasia. Sem fazer uso de alegorias como as do seu amigo C. S. Lewis, ele queria desenvolvê-la como uma ilustração da Verdade ...