Na última segunda-feira, 26/07, celebrou-se o Dia dos Avós. Fui abençoado por não só ter conhecido, mas convivido com meus dois avós paternos, os dois maternos e, ainda, uma bisavó paterna e uma materna. Poucos são agraciados assim, e posso dizer que aproveitei muito bem os meus velhinhos (e, no caso da minha avó materna, Martha, ainda aproveito, graças a Deus). A exceção foi o meu avô Chico, pai da minha mãe, ironicamente o único que morava em Porto Alegre. E ra uma pessoa calada, estranha, que parecia um pouco sem jeito com os netos. Quando ia visitá-lo, ele ficava inquieto, andava para todos os lados, se ausentava do recinto e depois voltava, enfim, nunca trocamos palavras diversas de “oi”, “tchau” e “obrigado”. Não tenho lembranças dele me fazendo perguntas ou contando suas aventuras. Tampouco dele tenho histórias, salvo as que minha mãe conta e, mesmo assim, se referem a fatos relacionados com ela e sua igualmente parca convivência com o seu pai, já que minha avó Martha e e...
Crônicas, contos, poesias e algo mais. Por RENAN E. M. GUIMARÃES.