Crônicas, contos, poesias e algo mais.
Por RENAN E. M. GUIMARÃES.
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O LIVRE AINDA PENSA*
Diga
Covid e vacina, mas não ivermectina. Use máscara e não fale hidroxicloroquina.
Fique em casa, feche tudo e não vá à escola, mas ouça bem, sempre mudo, não
invente história. Saia só se for para protestar, mas depende contra o quê, pra
não se contaminar.
O
livre ainda pensa. E o que pensa ainda fala.
Não
ouse dizer proxalutamida, mas grite alto “presidente genocida”. Faça calor ou
faça frio, fuja das “fake news”, do que eu lhe digo que é mentira, ofensivo ou
vazio. Não vá à igreja, mas junte em casa as suas mãos, pois não importa
comunhão, a não ser em eleição.
Mas
o livre ainda pensa. E o que pensa ainda fala.
Guillain-Barré
ou pericardite. Trombose ou até a própria covid. Não venha escolher qual vacina
receber, nem questione a ciência se você quer viver. Agora, não ouse defender tratamento
precoce, muito menos pesquisar se eles trazem melhor sorte. Cogitar isso só
pode ser loucura, e se você fizer isso, só lhe restará a censura.
Mas
o livre ainda pensa. E o que pensa ainda fala.
Se
você pensa diferente, é um negacionista. Talvez terraplanista, certamente um
fascista. Agora, fique quieto e calmo, logo tudo acabará, mas só espere a turma
certa assim o declarar. Quando isso acontecer, tudo será melhor, e seguiremos
refazendo tudo com suor. Não será em um dia, tampouco em sete, porém venha
contemplar o grande reset.
Mas
o livre ainda pensa. E o que pensa ainda fala.
* Paródia de "O Pulso ainda pulsa" (Arnaldo Antunes/Titãs)
Enquanto eu e o Henrique almoçávamos assistindo ao Chaves e ao Chapolin, lá estavas tu, convencendo o meu irmão a, para a comida, dizer “sim”, antes que eu desse cabo aos restos a serem deixados por ele que, diante de uma colher de arroz e feijão, insistia em falar “não”. Enquanto eu e o Henrique estávamos na escola, durante a manhã, na época do Mãe de Deus, tu arrumavas a bagunça do nosso quarto, preparando-o para ser desarrumado outra vez. Então, quando desembarcávamos da Kombi do Ademir, tu, não sem antes sorrir, nos recebias cheia de carinho e atenção, e dava aquele abraço caloroso que transmitia o que havia no teu coração. Enquanto eu e o Henrique, em tenra idade escolar, tínhamos dificuldades nos deveres de casa, tu estavas lá, nos ajudando a ler, escrever e contar, pois, embora a humildade seja tua maior virtude, ela era muito menor do que tua doação. Sabias que, em breve, não mais conseguirias fazê-lo, mas, até lá, com zelo, estenderias tuas mãos. Enquanto eu e o Henri...
Eu olhava para eles, e eles, para mim. Não sorriam, mas também não choravam. Apenas aguardavam, resignadamente, pela minha decisão. Estavam todos ali, amontoados no armário cujas portas, naquele momento, eram mantidas abertas. Encarando-os, via-me dividido, pois persistia, em mim, uma certa vontade de dar asas à imaginação e criar mais uma história com meus Comandos em Ação, meu Super-Homem, meu Batman, o Robocop. Porém, paradoxalmente, uma força interior impedia-me de fazê-lo. Sentia-me tímido e desconfortável, mesmo na solidão do meu quarto, onde apenas Deus seria testemunha de mais uma brincadeira . TRRRIIIIMMMM! O chamado estridente do telefone, daqueles clássicos, de discar, quase catapultou meu coração pela boca. De repente, fui abduzido pela realidade e resgatado de meus pensamentos confusos. Atendi. “ Oi, Renan! É o Harry!”, identificou-se meu velho amigo e, na época, também vizinho e parceiro de molecadas na Rua Edgar Luiz Schneider. “ V amos brincar de esconde-e...
Essa tira foi desenhad a por um amigo meu, Rodrigo Chaves, o qual realizou tal trabalho em parceria com outro artista, Cláudio Patto. Acho simplesmente excelente essa série de tiras chamada "High Shool Comics", que trata do cotidiano da vida escolar, sempre com bom humor. Mereceria aparecer todos os dias nos jornais, sem dúvida. Se a visualização não ficou boa, cliquem na imagem. Querem ver mais? Então acessem: http://contratemposmodernos.blogspot.com .
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