Durante muitos anos da minha vida senti-me único em termos de nome. Na verdade, isso não é absoluto, mas conto nos dedos o número de "Renans" que eu conheci desde a minha infância até hoje. Poucos. Mesmo assim, não chega a ser um nome raro: é apenas médio. Existem nomes em desuso, outros vão surgindo, ao mesmo tempo em que há aqueles que nunca deixarão de constar nas carteiras de identidade, como os bíblicos de mais destaque. A minha geração é repleta de "Rafaéis", "Daniéis", Lucas, "Tiagos" (bah, esse é o campeão), "Brunos", "Rodrigos", "Pedros", "Felipes" (e suas variaçoes, como Filipe, Filipi, etc, que no fundo dão na mesma), Guilhermes, Gustavos, mas não vemos muitos "Renans". Ou melhor: não víamos:
Nos anos 80, a famosa "Geração de Prata" do vôlei brasileiro possuía um jogador de muito destaque, o "Giba" da época, craque do time e, para as gurias, um símbolo sexual. Seu nome: Renan Dal Zotto. Muitas dessas tietes (seja de quadra, seja de sofá), registraram seus filhos com o nome de seu ídolo. O nome Renan, antes raro na sociedade brasileira, começaria a se propagar. A geração anos 80, à qual pertenço, possui uma quantidade média de Renans, mas nada comparada à dos Rafaéis, Tiagos, etc. Mesmo assim, como já disse, abandonou a turma dos "nomes raros" e entrou para a dos "médios", ou seja, quase todo mundo na vida conhece ou já conheceu algum Renan, mas poucos já conviveram com dois ao mesmo tempo. Por isso Renan é um nome médio. Para a Geração 80. Contudo, isso está mudando.
Tenho observado que há muitos Renans crianças. A impressão que tenho é que aqueles que se tornaram pais e mães nos anos 90 gostaram do nome o qual passaram a ouvir com mais freqüência, registrando muitos de seus filhos assim. Hoje em dia, é muito comum, quando eu estou caminhando, ouvir alguém "me" chamar, quando que na verdade essa pessoa está se referindo ao meu xará que está por perto, quase sempre uma criança, o que me faz estar convencido de que está aumentando o número de Renans no mundo. Um belo nome. O MEU nome e o de muitos jovens brasileiros. Mas hoje estou triste, pois o meu nome é o mesmo daquele que na noite de quarta-feira fora absolvido pelo covarde Senado brasileiro. Um homem arrogante, que se acha acima do Bem e do Mal, que ignora a vontade do povo brasileiro.
Pobres Renans...como eu, têm ouvido infames piadinhas diariamente em referência ao "Renan do Mal", aquele que usa e abusa do poder em defesa de seus interesses. Ele sujou o MEU nome mas, acima de tudo, sujou o nome do Brasil. Que os Renans (que aumentam cada vez mais no nosso país), assim como todos os jovens que ainda não foram contaminados pelo nosso pútrido sistema, sejam o oposto daquele que preside o Senado, assim como os que compõem a referida casa: simplesmente pessoas corretas.
Publicado originalmente em 15/09/2007, no blog RENAÇÕES - renanguimaraes.zip.net - antigo blog do autor.
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Nos anos 80, a famosa "Geração de Prata" do vôlei brasileiro possuía um jogador de muito destaque, o "Giba" da época, craque do time e, para as gurias, um símbolo sexual. Seu nome: Renan Dal Zotto. Muitas dessas tietes (seja de quadra, seja de sofá), registraram seus filhos com o nome de seu ídolo. O nome Renan, antes raro na sociedade brasileira, começaria a se propagar. A geração anos 80, à qual pertenço, possui uma quantidade média de Renans, mas nada comparada à dos Rafaéis, Tiagos, etc. Mesmo assim, como já disse, abandonou a turma dos "nomes raros" e entrou para a dos "médios", ou seja, quase todo mundo na vida conhece ou já conheceu algum Renan, mas poucos já conviveram com dois ao mesmo tempo. Por isso Renan é um nome médio. Para a Geração 80. Contudo, isso está mudando.
Tenho observado que há muitos Renans crianças. A impressão que tenho é que aqueles que se tornaram pais e mães nos anos 90 gostaram do nome o qual passaram a ouvir com mais freqüência, registrando muitos de seus filhos assim. Hoje em dia, é muito comum, quando eu estou caminhando, ouvir alguém "me" chamar, quando que na verdade essa pessoa está se referindo ao meu xará que está por perto, quase sempre uma criança, o que me faz estar convencido de que está aumentando o número de Renans no mundo. Um belo nome. O MEU nome e o de muitos jovens brasileiros. Mas hoje estou triste, pois o meu nome é o mesmo daquele que na noite de quarta-feira fora absolvido pelo covarde Senado brasileiro. Um homem arrogante, que se acha acima do Bem e do Mal, que ignora a vontade do povo brasileiro.
Pobres Renans...como eu, têm ouvido infames piadinhas diariamente em referência ao "Renan do Mal", aquele que usa e abusa do poder em defesa de seus interesses. Ele sujou o MEU nome mas, acima de tudo, sujou o nome do Brasil. Que os Renans (que aumentam cada vez mais no nosso país), assim como todos os jovens que ainda não foram contaminados pelo nosso pútrido sistema, sejam o oposto daquele que preside o Senado, assim como os que compõem a referida casa: simplesmente pessoas corretas.
Publicado originalmente em 15/09/2007, no blog RENAÇÕES - renanguimaraes.zip.net - antigo blog do autor.
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[Rodrigo Chaves] [rwchaves@terra.com.br] [http://contratemposmodernos.blogspot.com] Grande Renan. Toca ficha no blog, tá bem legal. Continua divulgando ele e não para de publicar. Pra quem quer ser escritor, a melhor dica é sempre estar escrevendo. abraço 17/09/2007 14:24 | |
[Forasta] não conheço Tiago com mais de 35 anos... nós duramos pouco 16/09/2007 16:54 |
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