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MORTAL KOMBAT E A RAZÃO DAS NOSSAS LUTAS

  A profundidade disfarçada de entretenimento juvenil do filme Mortal Kombat, de 1995, embora aparentemente simples e rasa, ainda é capaz de ressoar de maneira relevante em nossos corações. Uma de suas mensagens está no questionamento sobre o que nos motiva a encarar nossos desafios.   Em um momento crucial da história, Raiden (Christopher Lambert), aborda Liu Kang, Johnny Cage e Sonya Blade e lhes diz por que cada um deles ainda não estava pronto. Para Cage (Linden Ashby), esclarece: “ Você, Johnny, está com medo de ser uma farsa, então vai entrar em qualquer luta para provar que não é. Vai lutar bravamente, mas estupidamente, descuidado, e será derrotado ”. Pois é assim em Mortal Kombat, é assim na vida.   Então, o que nos motiva em nossas batalhas diárias? Pois uma das maiores armadilhas está na preocupação com a maneira como os outros nos verão. No filme, Johnny Cage sabia que não era uma farsa, mas queria convencer os outros do contrário. Ainda que ciente da verdade pura e sim

MORTAL KOMBAT E AS GUERRAS DE ATENA E ARES

  Em meio a dosadas gotas de sangue e cenas de pancadaria, o filme “Mortal Kombat” (1995) nos presenteia com muitas lições. Raiden, interpretado por Christopher Lambert, é quem mais traz provérbios que, apesar da roupagem oriental, poderiam nos remeter, inclusive, aos ensinamentos da Grécia Antiga.   A sabedoria impressa pelos gregos em sua mitologia é formidável. Uma das mais interessantes é o contraponto entre Atena e Ares. Ambos são deuses da guerra, porém, bem diferentes. Enquanto aquela é a senhora das chamadas guerras justas, o mal-humorado deus vermelho representa as injustas. A civilização helênica, portanto, não demonizava as guerras, mas o que as motivava.   Muitas vezes, tende-se a interpretar uma guerra injusta como aquela provocada, enquanto a justa seria a defensiva. Será? Suponhamos que Hitler nunca tivesse saído dos limites da Alemanha ou erguido um dedo contra seus vizinhos, mas, dentro do seu território, feito exatamente o que fez, com campos de concentração, exíl

MORTAL KOMBAT PARA A VIDA

  Finalmente, depois de um bom tempo, assisti ao novo filme do Mortal Kombat. A franquia de games, que brigou com Street Fighter, sem direito a friendship, pelo topo do mercado nos anos 90, patinou na década seguinte, até que, no início dos anos 2010, ganhou fôlego, especialmente com o reboot da mitologia. A fim de agradar ao público que cresceu na onda dessa ascensão, o novo filme foi produzido e lançado. Porém, como todo remake, a comparação com o original é inevitável. O primeiro, de 1995, continha, para a época, bons efeitos especiais, e surfou um pouco na onda (já decadente) dos filmes de torneios de artes marciais como os estrelados por Jean Claude Van Damme. Porém, não se limitou a isso. Com um roteiro bem feito, dramatizado, heroico e, o que é melhor, com aquele toquezinho de sabedoria oriental e doses calibradas de humor, é excelente para aquilo que se propôs, e qualquer admirador de filmes de ação, fã ou não dos jogos, poderia curti-lo e, inclusive, levá-lo para a vida. Sim,