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Mostrando postagens com o rótulo a historia da minha vida

A HISTÓRIA DA MINHA VIDA #4: DANDÁ PRA GANHAR TEM-TEM

Meu irmão Henrique nasceu no dia 12 de outubro de 1987, dia das crianças, portanto. Não poderia haver data mais adequada para a vinda de um irmão caçula, o qual sempre comemoraria seu aniversário em um feriado. Aliás, falando em feriado, sou o único da minha família que não teve esse privilégio. Além do meu irmão, minha mãe comemora o aniversário no dia 25 de dezembro (natal), enquanto o meu pai, em 15 de outubro. Tudo bem, em relação ao meu pai, o “feriado” vale apenas para professores e, consequentemente, escolas, universidades, etc, mas para a minha lógica infanto-juvenil era tecnicamente um feriado o seu aniversário, ainda que ele próprio trabalhasse normalmente no “seu” dia. Logo, sempre me senti um pouco revoltado quanto a isso. Afinal, por que eu, apenas eu, não nasci em um dia tido como especial? Minha mãe dizia: “Ah, meu filho, você nasceu no dia do aniversário do Tio Bóris...”. Certo, mas o dia do Tio Bóris não é feriado! Enfim, passado o desabafo acerca do fato de que

A HISTÓRIA DA MINHA VIDA #3: VÔ PADRINHO

Passadas algumas breves histórias curtas de fontes externas à minha memória, enfim escrevo sobre minhas primeiras lembranças, sobre as quais confesso não ser capaz de, plenamente, organizá-las de maneira cronológica. Talvez eu falhe um pouco nesse quesito, mas o importante é colocar tais recordações no papel. As lembranças mais antigas que tenho remontam ao Vô Padrinho. Já morávamos na casa que ele dera aos meus pais (na verdade, parte do valor da casa foi adquirida com o dinheiro da venda do terreno de Niterói, enquanto outra veio da quantia proveniente da comercialização de um apartamento do velho “dindo” da minha mãe). Ela ficava no bairro Ipanema, Rua Otelo Rosa, pouco mais do que duas quadras de distância do Lago Guaíba (na época, era chamado de Rio Guaíba, embora, academicamente, fosse considerado um estuário). A casa era térrea, mas bem espaçosa. Possuía duas construções, uma na parte da frente e outra nos fundos. A principal, da frente, tinha três quartos, dois banhei

A HISTÓRIA DA MINHA VIDA #2: ALGUMAS LEMBRANÇAS REMOTAS DA PRIMEIRA INFÂNCIA

Ninguém se lembra dos seus primeiros passos, da sua primeira palavra ou coisa assim. Sobre os primórdios de nossas vidas, recordamos de pouco, especialmente aqueles anteriores ao nosso quinto aniversário, a partir de quando, no meu caso, arrisco-me a contar meus “causos” de maneira minimamente cronológica. Logo, em relação aos meus primeiros cinco anos, ou talvez quatro, o que chamarei de “primeira infância”, minhas histórias serão meros “flashes”, simples descrições daquelas lembranças fugazes que, entendo, precisam ser registradas. Elas influenciaram pequenas coisas na minha vida, e, vira e mexe, vêm à tona, seja falando sobre algum assunto pertinente, seja recordando-me à toa quando algum evento qualquer me leva ao passado. No entanto, no que toca à parte da minha vida a respeito da qual meu cérebro, por ainda sequer estar pronto, registrou apenas por meio dos meus instintos e sentidos, mas não concretamente na forma de lembrança, dou-me o direito de, por meio de fontes extern

A HISTÓRIA DA MINHA VIDA #1: PRÓLOGO

Toda história tem um prólogo. Não é possível imaginarmos que qualquer fato tenha uma origem em si mesmo, sem nenhum motivo anterior. Nem mesmo o universo (e a sua história) vieram do nada: Deus deu o pontapé inicial, e apenas Ele, Deus, não tem uma razão externa para existir, pois é eterno e fora da natureza. Nossa história não começa no nascimento, mas vem de muito antes. Na verdade, seria possível dizer que, caso quiséssemos, sinceramente, elaborar um prólogo fiel de nossas vidas, seria preciso retornar à origem do universo. No entanto, por razões óbvias, se a ideia é criar alguma introdução para a nossa biografia (ou simples livro de memórias), então imagino que o melhor a fazer é limitá-la aos nossos pais, pois são nossas referências biológicas e sociais mais diretas. Minha vida, ou o projeto que se tornaria a minha vida, começou no dia em que meus pais se conheceram, pois ali se encontrava a grande e objetiva propulsão que resultaria, cerca de dez anos depois, no meu enc