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Mostrando postagens de fevereiro, 2019

A HISTÓRIA DA MINHA VIDA - #5: BOLINHA DE SABÃO

Não me recordo de quando comecei a frequentar a creche Bolinha de Sabão, então localizada na Rua Manoel Leão, Bairro Ipanema, em Porto Alegre, mas creio que lá estudei desde o meu primeiro ano de idade. Gostava muito daquele lugar, e de tantos amiguinhos que ali fiz, alguns permanecem até hoje, como o Edisson Ferreira Filho e a Luana Petrini. A creche era um antigo imóvel adaptado com duas construções, uma frontal e outra de fundos, com um pátio entre elas. Ao lado das edificações e do “pátio intermediário” havia outro espaço completamente livre, do tamanho do terreno, cheio de opções para brincadeiras, como escorregador, balanços, gangorra etc. O chão era coberto de areia e lembro que seu cheiro não era nada agradável. Anos depois, descobri que derivava de cocôs feitos por gatos, os quais provavelmente viam aquele lugar como uma gigante “caixa de areia”. Muitas professoras marcaram a minha memória, em especial as “tias” Cíntia, Denise e Milene. Como elas estarão hoje? Acho q

A HISTÓRIA DA MINHA VIDA #4: DANDÁ PRA GANHAR TEM-TEM

Meu irmão Henrique nasceu no dia 12 de outubro de 1987, dia das crianças, portanto. Não poderia haver data mais adequada para a vinda de um irmão caçula, o qual sempre comemoraria seu aniversário em um feriado. Aliás, falando em feriado, sou o único da minha família que não teve esse privilégio. Além do meu irmão, minha mãe comemora o aniversário no dia 25 de dezembro (natal), enquanto o meu pai, em 15 de outubro. Tudo bem, em relação ao meu pai, o “feriado” vale apenas para professores e, consequentemente, escolas, universidades, etc, mas para a minha lógica infanto-juvenil era tecnicamente um feriado o seu aniversário, ainda que ele próprio trabalhasse normalmente no “seu” dia. Logo, sempre me senti um pouco revoltado quanto a isso. Afinal, por que eu, apenas eu, não nasci em um dia tido como especial? Minha mãe dizia: “Ah, meu filho, você nasceu no dia do aniversário do Tio Bóris...”. Certo, mas o dia do Tio Bóris não é feriado! Enfim, passado o desabafo acerca do fato de que

A HISTÓRIA DA MINHA VIDA #3: VÔ PADRINHO

Passadas algumas breves histórias curtas de fontes externas à minha memória, enfim escrevo sobre minhas primeiras lembranças, sobre as quais confesso não ser capaz de, plenamente, organizá-las de maneira cronológica. Talvez eu falhe um pouco nesse quesito, mas o importante é colocar tais recordações no papel. As lembranças mais antigas que tenho remontam ao Vô Padrinho. Já morávamos na casa que ele dera aos meus pais (na verdade, parte do valor da casa foi adquirida com o dinheiro da venda do terreno de Niterói, enquanto outra veio da quantia proveniente da comercialização de um apartamento do velho “dindo” da minha mãe). Ela ficava no bairro Ipanema, Rua Otelo Rosa, pouco mais do que duas quadras de distância do Lago Guaíba (na época, era chamado de Rio Guaíba, embora, academicamente, fosse considerado um estuário). A casa era térrea, mas bem espaçosa. Possuía duas construções, uma na parte da frente e outra nos fundos. A principal, da frente, tinha três quartos, dois banhei

A HISTÓRIA DA MINHA VIDA #2: ALGUMAS LEMBRANÇAS REMOTAS DA PRIMEIRA INFÂNCIA

Ninguém se lembra dos seus primeiros passos, da sua primeira palavra ou coisa assim. Sobre os primórdios de nossas vidas, recordamos de pouco, especialmente aqueles anteriores ao nosso quinto aniversário, a partir de quando, no meu caso, arrisco-me a contar meus “causos” de maneira minimamente cronológica. Logo, em relação aos meus primeiros cinco anos, ou talvez quatro, o que chamarei de “primeira infância”, minhas histórias serão meros “flashes”, simples descrições daquelas lembranças fugazes que, entendo, precisam ser registradas. Elas influenciaram pequenas coisas na minha vida, e, vira e mexe, vêm à tona, seja falando sobre algum assunto pertinente, seja recordando-me à toa quando algum evento qualquer me leva ao passado. No entanto, no que toca à parte da minha vida a respeito da qual meu cérebro, por ainda sequer estar pronto, registrou apenas por meio dos meus instintos e sentidos, mas não concretamente na forma de lembrança, dou-me o direito de, por meio de fontes extern

A HISTÓRIA DA MINHA VIDA #1: PRÓLOGO

Toda história tem um prólogo. Não é possível imaginarmos que qualquer fato tenha uma origem em si mesmo, sem nenhum motivo anterior. Nem mesmo o universo (e a sua história) vieram do nada: Deus deu o pontapé inicial, e apenas Ele, Deus, não tem uma razão externa para existir, pois é eterno e fora da natureza. Nossa história não começa no nascimento, mas vem de muito antes. Na verdade, seria possível dizer que, caso quiséssemos, sinceramente, elaborar um prólogo fiel de nossas vidas, seria preciso retornar à origem do universo. No entanto, por razões óbvias, se a ideia é criar alguma introdução para a nossa biografia (ou simples livro de memórias), então imagino que o melhor a fazer é limitá-la aos nossos pais, pois são nossas referências biológicas e sociais mais diretas. Minha vida, ou o projeto que se tornaria a minha vida, começou no dia em que meus pais se conheceram, pois ali se encontrava a grande e objetiva propulsão que resultaria, cerca de dez anos depois, no meu enc

A HISTÓRIA DA MINHA VIDA

A partir de hoje compartilharei com todos vocês a história da minha vida. Uma jornada que poderá ser considerada irrelevante por muitos, mas estou certo de que a acharão divertida. Claro que não se trata de um mero relato acerca de fatos passados, mas de uma olhada reflexiva e bem humorada para um tempo que já passou, cujas marcas seguem gravadas em meu coração e em minha alma.  Aproveitem!

A CELEBRAÇÃO DOS VÍCIOS

Hoje eu gostaria de escrever sobre um tema muito pertinente e interessante. Há tempos venho refletindo a respeito, mas, por falta de tempo, não conseguia esvaziar a mente o suficiente para tanto. Agora, aproveitando as minhas férias (estou em casa e não em uma praia ou nas montanhas, mas, ainda assim, de férias) e um intervalo proporcionado por uma sonequinha da Glória, dedicarei alguns minutos para registrar aqui meus pensamentos. Há 19 anos, quando eu cursava o 1º Ano do Ensino Médio, um professor de História, ao ingressar na sala de aula poucos dias depois do término de uma semana de provas, fez o seguinte comentário, o qual reproduzo exatamente da forma como me lembro: "Cara, não entendo o comportamento de alguns de vocês ao irem mal em uma prova. Agora passei por alguns alunos conversando sobre o seu desempenho, e um olhava para o outro, dizendo, ambos com um sorriso no rosto: 'Bah, me ferrei, hehe.' E o outro respondeu, orgulhoso e alegre: 'Bah, pior que eu t