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Mostrando postagens de 2021

CASAMENTO NO ANO-NOVO

  Não sei por que meus avós paternos Roberto e Gladys (a Nina) escolheram essa data, mas o fato é que, em 31/12/1947, eles casaram. Não tenho a informação sobre quantos convidados compareceram, nem como foi a festa. Há uma clássica foto deles cortando o bolo de casamento, então, já dá pra dizer que, ao menos, bolo teve!   Saber onde e quando será o casamento, o que será servido, quantos convidados irão, tudo isso faz parte do planejamento e é legítimo e fundamental levar a sério tais questões. No entanto, não são elas que determinarão o sucesso do seu matrimônio, mas a longa jornada do dia-a-dia constituída de pequenos atos.   Eu, como neto, sempre via os meus avós paternos com curiosidade e admiração. Ambos eram muito carinhosos um com o outro, inclusive no fim de suas vidas. Recordo-me dos dois, certa noite, conversando entre si sem saberem que eram por mim observados: “Benzinho, ficamos ricos?”, perguntou minha avó, questionando meu avô sobre o resultado da loteria. “Não, meu be

NO MEIO DO CAMINHO TINHA UMA PEDRA...

  Já defendi a sabedoria de clichês, afinal, deve haver algo de bom naquilo que é reiteradamente repetido de geração em geração. Porém, há aqueles baseados em percepções equivocadas da realidade, perpetuando-se falsos ensinamentos. Um deles é que um casal não deve dormir até que se chegue a um consenso ou faça as pazes.   Poucas coisas boas saem de uma cabeça quente. Brigas acontecem, e, por vezes, quanto mais se busca o tal “consenso”, mais intensa se torna a discussão. Ainda que uma das partes, ou mesmo as duas, sinceramente se mostre disposta solucionar a discórdia instaurada, se uma delas, ou ambas, parte de premissas erradas para defenderem seus pontos de vista, a paz baseada na concordância jamais será alcançada. Então, o melhor a fazer é uma retirada estratégica para que, com a cabeça fria, no dia seguinte, se encontre o tal ponto de equilíbrio.   Acontece que, ainda assim, isso talvez seja inviável. Às vezes não haverá consenso, seja por orgulho, seja pela legítima percepçã

UM TESTEMUNHO DE CONFIANÇA

Vocês conseguem imaginar alguém ouvindo de sua noiva que ela está grávida e que a criança seria fruto do Espírito Santo e viria a ser o próprio messias? Foi essa a dura experiência de José e da qual vem seu grande testemunho.   Ora, é claro que, para qualquer um, um adultério havia se consumado, e a desculpa seria ou fruto de um tremendo desvio de caráter de Maria ou da alucinação das alucinações. Para José, restaria a humilhação de casar com alguém que lhe fora infiel ou, a fim de encobrir tal fato, “assumir” que teria se deitado com sua noiva antes do matrimônio. Seu nome estaria manchado de um jeito ou de outro. Logo, a opção mais adequada seria o rompimento do noivado e deixar que Maria arcasse com as consequências do que evidentemente teria sido um desvio de seu comportamento.   No entanto, José não apenas manteve seu noivado como acreditou em Maria. Um otário? Não. Ele confiou que, de fato, teria havido um milagre. Claro, um anjo, em sonho, lhe disse para crer, mas ele, ainda

SOMBRAS DE FELICIDADE

  Nesses últimos dias antes do aniversário de Cristo, nada melhor do que uma maratona de filmes natalinos. Entre eles, “Um homem de família” (2000) é um dos meus favoritos. Embora feito quando as Torres Gêmeas seguiam de pé e o marco ainda era a moeda alemã, não envelhece.   Disponível no Globoplay, o filme conta a história de Jack Campbell (Nicolas Cage) que, na juventude, ao escolher embarcar rumo à Londres para um intercâmbio que lhe daria muitas oportunidades, abre mão de um futuro com sua namorada Kate (Téa Leoni). Anos depois, ele se torna um milionário, porém solitário, executivo. O detalhe é que ele não é retratado como um infeliz, mas como alguém entorpecido por suas conquistas. Então, após tentar convencer um homem a buscar uma vida melhor, este lhe provoca perguntando se ele próprio não precisaria ser salvo. Campbell diz que não, afinal, “tem tudo o que precisa”. Como um passe de mágica, após adormecer na noite do dia 24 de dezembro no seu luxuoso apartamento em Manhattam,

NÃO DETURPEM O PAPAI NOEL

  No último sábado, estive em uma festa de natal de um clube de Porto Alegre. Dedicada especialmente às crianças, o evento contou com a presença do Papai Noel. Ao chegar, a criançada correu para abraçá-lo, mas ele apenas seguiu adiante, rumo ao palco montado no pátio do lugar. Ele subiu e, como uma estrela de rock, ergueu suas mãos para alto, celebrando a si mesmo. Achei estranho.   Em seguida, ele desceu e caminhou até a clássica poltrona. Considerando a fila gigante de crianças que se formou, e ante a informação de que o velhinho ficaria lá por “horas”, convenci minha filha a irmos mais tarde.   Cerca de uma hora depois, vi que a fila estava desfeita. Corri para chamar minha filha. Quando voltei, Papai Noel dançava alucinadamente com os adultos. Sorria de uma maneira insana, como se fosse a estrela da tarde. Abraçava homens e mulheres calorosamente, enquanto as crianças, ao seu redor, observavam-no visivelmente constrangidas, afinal, não era aquela a imagem do barbudinho que tinh

O SACRIFÍCIO DE MICKEY E MINNIE

  Em 1999, a Disney lançou um especial chamado “Aconteceu no Natal do Mickey”. Com cerca de uma hora de duração, traz três belas e ricas pequenas histórias, das quais a última me pareceu a mais significativa.   Na história, Mickey e Minnie são pobres e lhes resta apenas a tarde do dia 24 de dezembro para reunirem dinheiro suficiente para comprar presentes ao outro. Ela dá o seu máximo no trabalho, crente de que poderia ganhar um bônus de natal para presentear Mickey com um estojo para sua gaita de boca. Ela consegue, mas, para sua surpresa, o bônus era um panetone. Ele, por sua vez, é demitido por ter impedido que seu chefe fosse desonesto com clientes. Sem um tostão, faltando uma hora para fechar a loja que vendia uma almejada corrente dourada para acompanhar um pingente de estimação de Minnie, ele precisa descobrir como reunir dinheiro. Pensando enquanto tocava gaita solitariamente, é arrebatado por organizadores de uma campanha para angariar brinquedos para crianças carentes e faz

GUARDA-CHUVA DE AMOR FIXADO NA ROCHA

  Bodas de Beijinhos. É assim que chamam o primeiro mesversário de casamento, e é o que os meus queridos @t.arrais e @tiagobpereira comemoram hoje e para quem dedico esse #tbt.   À beira do paradisíaco mar de Playa del Carmen estava o altar enfeitado com lindas flores. Todos sentados, entraram os noivos. Primeiro, Tiago, trazido pela sua mãe; depois, Thaís, de braços com seu pai. Ambos emocionados, assim como os convidados. Isso é interessante em casamentos assim, em que todos viajam juntos e, até poucos instantes antes, estavam reunidos. É a magia da celebração do matrimônio: um rito que não é apenas estético ou formal, mas sagrado.   A celebração foi linda demais, e muito disso se deve à inspiração trazida pela bela história dos noivos, digna de um filme. Algo fora dos planos, no entanto, aconteceu: choveu, e muito. A água começou a desabar durante a leitura dos votos. Aliás, que votos! Lindas declarações de amor regadas por lágrimas de sinceridade que vazavam das fendas de hones

O QUE NOS ESPERA EM CASA

  “O que você quer ser quando crescer?”. Essa é a pergunta que mais ouvimos na infância. À medida que os anos passam, porém, ela nos cega em relação àquilo que realmente importa: formar uma família feliz e que testemunhe entre seus integrantes e com terceiros, respeitadas suas humanas imperfeições, o amor de Deus. Nada, absolutamente nada é maior do que isso.   Porém, para uma família ser formada, é preciso outra pessoa, e talvez esteja aí o grande tropeço que, muitas vezes, culmina no fracasso da missão. Antes dessa busca, é fundamental que o objetivo de formação de uma família esteja impresso na alma. Sem ele, nossa procura se converte em uma loteria, e a chance de ser frustrada é muito maior.   Isso significa que se deve empreender essa busca desde a tenra idade? Acredito que sim, a fim de que, durante toda a jornada da vida de um potencial casal, ambos se preparem para a mais próxima representação do Amor Divino, que é o amor em família. Tendo isso em mente, enxergarão a Verdad

NÃO SE PASSA PELO SANGUE

  Era uma vez um reino poderoso. Sua bandeira era gloriosa e tremulara nos mais distantes confins do mundo. Houve um tempo em que ninguém era capaz de superá-lo, chegando a ser apontado como a maior força que existira. Seus líderes, guerreiros e o seu próprio povo, com o tempo, foram sendo superados por uma nova geração.   Num belo dia, o Reino recebeu a visita de alguns que diziam ter um tesouro fácil e poderoso. Algumas pequenas contrapartidas para a ele ter acesso e o mais majestoso dos palácios e o mais poderoso exército estariam ao alcance. O Rei se interessou, consultou seus Conselheiros e a resposta foi “sim”. Da noite para o dia, os melhores cavaleiros haviam prestado juramentos ao Reino, e as primeiras batalhas foram bem-sucedidas e gloriosas. Porém, o Tesouro, inesperadamente, sumiu, e o Reino não tinha condições de cumprir com sua parte nos juramentos feitos aos Cavaleiros. Eles não apenas o abandonaram como se juntaram às fileiras inimigas. As muralhas tidas como intransp

CASAMENTO É UMA MARATONA

  Ontem o dia foi corrido e realmente não deu para fazer a reflexão a partir de um #tbt. Porém, por que não um #fbf (Flashback Friday)? A vida já é dura demais para condicionarmos lembranças a dias específicos da semana! Pois na quarta-feira escrevi sobre símbolos e me inspirei na linda celebração de casamento que fiz na @loja_loveit, entre a @adrianasviegas e o @tales.viegas e, claro, a lembrança da semana, precisava ser a deles.   Pra quem não sabe, os dois se conheceram e, mais tarde, iniciaram seu namoro a partir de maratonas, e esse esporte muito tem a ensinar quando se fala em relacionamentos e, claro, matrimônio.   Em uma maratona, em meio a confusão da largada, a única certeza é a incerteza acerca do que virá nos primeiros metros ou nos quilômetros finais da prova. Logo nos primeiros passos, é possível que tropecemos em algum atleta que venha a tombar, podemos ficar ansiosos ante a dificuldade em avançar rapidamente, e é difícil prever precisamente qual será o nosso estado

PAPAI NOEL EXISTE?

  Embora um inegável gênio da literatura, acredito que a mais elevada contribuição de Tolkien tenha sido, a partir da assimilação de que toda a humanidade viera de uma partícula de Deus, reconhecer que em nós se encontra registrada parte da Verdade, a qual, em nossa insignificância, é impossível de ser percebida integralmente.   Essa seria a explicação para que tantos mitos semelhantes existissem em diversos tempos e lugares: a fonte primária da imaginação foi a mesma. As lentes dos que a vislumbraram a partir de uma interpretação do que lhes fora revelado por Deus é que os afastaram ou aproximaram da Verdade. Seu famoso poema “Mitopeia” e o célebre ensaio “Sobre Estórias de Fadas” tratam disso.   E onde é que Papai Noel entra nessa? De forma bem resumida, o mito veio de uma verdade, a história e o testemunho de São Nicolau, e passou a se desenvolver e a se misturar com outras lendas e interesses, até chegar ao Papai Noel que conhecemos. Apesar da inspiração real, seria ele falso?

SÍMBOLOS IMPORTAM

  Qual a razão para mantermos em casa aquelas lembrancinhas nas cristaleiras, estantes ou no cantinho do criado-mudo do quarto? A mera recordação de um fato? Claro que não. Esses itens representam muito mais do que algum evento do passado: são símbolos.   Nos casamentos, símbolos importam, pois concentram mais do que explicitamente exibem, e é óbvio que a aliança é o maior e o mais universal deles. Acontece que, embora valorosas e, de certo modo, sagradas, as alianças inegavelmente não deixam de ter um caráter mais genérico, sendo o mínimo que tradicionalmente se exibe ao contrair núpcias e durante o matrimônio. Logo, é interessante quando o casal cria os seus próprios símbolos baseados em suas histórias e peculiaridades.   Lembro-me do casamento que celebrei entre a @adrianaviegas e o @talesviegas na @loveit, e eles tinham um símbolo interessante. Em seu primeiro encontro, Adriana revelou àquele que viria a ser o seu grande amor que adorava o bombom Ouro Branco, e Tales correu par

1917 E SUA AULA SOBRE CORAGEM

  De onde vem a coragem? E o que torna corajoso o covarde? Aquilo que vem de seu espírito, o contexto, o testemunho da bravura do próximo, ou a mistura de tudo isso em uma jornada? São essas as questões abordadas no maravilhoso “1917”, um dos melhores filmes de guerra de todos os tempos.   Tecnicamente original e muito bem feita, a produção será lembrada para sempre pelo seu primor e sua capacidade de edificar o público. Ambientado na Primeira Guerra Mundial no período conhecido como “Guerra de Trincheiras”, o filme, que cuida de uma missão que deve ser cumprida por dois entrincheirados oficiais ingleses em menos de 24 horas, traz muitas lições valiosas, todas centradas na ideia da construção de um caráter corajoso.   Na obra, essa coragem é construída a partir do testemunho do corajoso, ou seja, o covarde é inicialmente motivado pela determinação do valente. Sem esse testemunho, o medo jamais seria desanuviado. O segundo passo da assimilação dessa virtude passa pelo sacrifício do

NEM TUDO SÃO FLORES, MAS PRECISAMOS DELAS

  Olhando alguns lindos arranjos divulgados pela @cintiaarmelin, passei a refletir sobre como as flores, em sua beleza e fragilidade, lembram muito a expressão de nossos sentimentos positivos em nossas vidas conjugais, como os carinhos, elogios, toques físicos românticos, agrados. Elas, como eles, são facilmente perceptíveis, mas precisam de cuidados constantes.   De nada adianta as flores integrarem nosso ambiente, ou os carinhos em nosso dia-a-dia, se, entre esses intervalos, ou seja, na maior parte do tempo, vivermos uma vida de indiferença e insensibilidade, de egoísmo e grosserias, de sufocamento e ausência de doação. Qual o sentido de tentarmos trazer flores para um lugar sujo e bagunçado se sequer cogitamos sua limpeza e arrumação? O seu brilho será uma mera e curta ilusão.   Por outro lado, se apenas flores não resgatam a verdade, a verdade precisa de flores para ser mantida clara aos nossos olhos. Um ambiente desflorido, ainda que bonito e organizado, cansa, e é por isso q

GERAÇÃO MASCARADA

  Foi notícia nos últimos dias, em Porto Alegre, um fato ocorrido no tradicional Colégio Anchieta em que a Brigada Militar teria sido acionada em um caso em que uma criança de sete anos se encontrava sem máscara. O pai do infante teria se exaltado na instituição, opondo-se à obrigação de seu filho ao uso do equipamento, gerando a confusão que resultou na intervenção da polícia. A história, porém, segundo relatos, não seria tão simples.   De fato, sabe-se que o pai tem esse posicionamento, e que o uso de máscara pelas crianças na escola é, além de uma regra autônoma da instituição, o cumprimento de norma federal e estadual (a municipal é mais flexível). O problema é que a escola, justamente em busca de um equilíbrio entre a desproporção da regra e a vontade dos pais, não estaria obrigando a criança a utilizar a máscara: seria o próprio menino que queria fazê-lo. A instituição não lhe teria fornecido o item porque os pais expressamente não queriam que ela fosse posta no filho sem seu c

DO BOLINHO NA GARAGEM AO CASTELO DE CHANTILLY

  Hoje é quinta-feira, dia de #tbt, mas não gostaria de lembrar um casamento por mim celebrado, mas de outro: o dos meus pais. 02 de dezembro é o dia em que eles se conheceram, e o matrimônio se deu anos depois e com simplicidade: apenas a cerimônia na igreja seguida de, no próprio salão paroquial, um “coquetel” com bolo, guaraná e espumante suficiente apenas para o brinde. Eles não tinham condições de organizar um grande evento, mas isso não importava: eles queriam casar e celebrar esse casamento.   Esse é o ponto: por mais que eles se amassem de coração, não lhes parecia suficiente firmar seu matrimônio em cartório ou simplesmente passarem a viver sob o mesmo teto. Era preciso celebrar o casamento, pois reconheciam nele algo sagrado e digno de ser compartilhado com os seus queridos mais próximos.   É natural que todos sonhem com uma celebração de casamento esteticamente perfeita, e se ela for financeiramente viável para o casal, maravilha! No entanto, a eventual falta de condiçõe

PORTAS QUE TRANSCENDEM

  A profissional @katiafeilcerimonialista, ao compartilhar a imagem de um dos casamentos por ela organizados, em que, num estilo industrial, uma das portas do salão servira como painel para uma das mesas de doces, referiu que “cada casal tem a sua história, suas preferências e expectativas e conseguir transmitir isso em um projeto é maravilhoso”. Pois digo que o resultado é ainda melhor do que essa constatação, pois ele permite que se reflita, a partir dele, de forma transcendente.   Em tese, um casal ou até mesmo um profissional comum buscaria ilustrar as tais preferências e estilos do cliente com algo pronto, fechado. Um painel especialmente desenhado para aquilo, uma paisagem ou locação pontualmente escolhidos para representar um sentimento ou perfil. A solução, porém, foi uma porta que já existia, que estava lá, e ela se mostrou não apenas bela e acertada, mas trouxe um forte caráter simbólico.   Na vida conjugal, o perfeito sempre é buscado, tanto no relacionamento quanto nos obje

UMA CHANCE À PRIMEIRA VISTA

  Eu acredito em amor à primeira vista, e falo isso sem qualquer pudor. Estou falando do amor EROS, que, para C. S. Lewis, seria aquele baseado na atração física. Porém, o coração não palpita de um jeito diferente diante de qualquer beleza estonteante. São necessários alguns pequenos elementos complementares que vão além da aparência, como o sorriso, o cheiro, o olhar, os pequenos trejeitos, a risada. Todas essas percepções que muitas vezes se revelam mútuas podem se dar em segundos e representam, sim, uma relevante porta de entrada para um futuro promissor.   No entanto, apenas o amor à primeira vista não é suficiente, pois incompleto. Nele não há qualquer percepção de aconchego e intimidade, tampouco de companheirismo e amizade, muito menos de capacidade de doação. Em especial, não se sabe quais os valores do outro, talvez o requisito mais importante de todos. Mesmo assim, o amor à primeira vista se apresenta como uma chave para o início de algo maior. Aquela primeira conversa desc

TOLKIEN E A BLACK FRIDAY

  T olkien era filólogo e se havia algo que ele valorizava era o significado e o poder das palavras. Em seu ensaio “Sobre Estórias de Fadas”, presente no livro “Árvore e Folha”, em que fala, entre tantos aspectos, sobre a construção de mitologias, defende que a “Linguagem não pode (...) ser ignorada” e que a “mente encarnada, a língua e a estória são, no nosso mundo, coevas”. Para ele, as mitologias somente conseguiram ser elaboradas e dotadas de determinados significados a partir de sua materialização em palavras específicas, sem as quais os mitos e grandes lições de sabedoria que as acompanham não teriam se perpetuado no tempo e ensinado com tanta profundidade a humanidade.   Hoje é o dia da famosa “Black Friday”. Porém, há muitos que têm demonizado a expressão, mais uma que faria uso “indevido” da palavra “black” (preto), ignorando que essa é a cor que, nos EUA, tradicionalmente indica saldo positivo e êxito nos negócios, o que, no Brasil, corresponderia ao “azul”.   A verdade é

REGANDO O AMOR COM ELOGIOS

  Nessa semana, a amiga @fabiolarrais compartilhou em seus stories publicação da @beatrizfeitosa que dizia o seguinte: “ Normalizem elogios sem segundas intenções, é bom elogiar as pessoas ”. Uma obviedade? Nem sempre, e por isso a relevância do lembrete, especialmente para a vida conjugal e familiar.   Para Gary Chapman, há cinco maneiras de expressar o amor ao marido ou esposa, o que ele destaca em seu best-seller “As Cinco Linguagens do Amor”. A primeira seria a das Palavras de Afirmação, entre as quais estariam os elogios.   Muitas pessoas precisam ser elogiadas (o que não se confunde com bajulação), ou seja, têm que ouvir palavras sinceras de reconhecimento por algo elevado que verdadeiramente são ou fazem, da beleza às maiores virtudes que possam expressar em seu cotidiano. Isso é fundamental para se manterem firmes em suas jornadas. Caso elas não recebam essas palavras de afirmação, não haverá presente, ação ou até mesmo carinho que compense. Elas não perceberão o amor do pa

LONGANIMIDADE E ESPERANÇA

  Hoje é quinta-feira, dia de #tbt, e gostaria de lembrar a celebração do matrimônio entre a @carolchandlerp e o @danieloliveiradebrito, um casal com uma linda e inspiradora história.   Lembro bem desse casamento organizado pela excelente @robertapellineventos , dos olhares entre os noivos, da clara percepção de que seus espíritos fervilhavam de amor e emoção. As imagens precisas e sensíveis registradas pela equipe da @crissantoro falam por si: eles não olhavam um para o outro, mas para o interior de suas almas, para o âmago de seus corações. Eles se liam e claramente se entendiam. Seus sorrisos apaixonados eram apaixonantes e me davam a clara certeza de que ali havia algo muito forte, perene, indestrutível.   Na mensagem que lhes transmiti naquela agradável noite de 09/11/2019 na linda @casadafigueirafestas , destaquei muitos pontos de sua história que deveriam servir como referência ao próprio casal em sua jornada dali em diante, e um deles é a longanimidade, um dos Frutos do Es