Pular para o conteúdo principal

GUARDA-CHUVA DE AMOR FIXADO NA ROCHA

 

Bodas de Beijinhos. É assim que chamam o primeiro mesversário de casamento, e é o que os meus queridos @t.arrais e @tiagobpereira comemoram hoje e para quem dedico esse #tbt.

 À beira do paradisíaco mar de Playa del Carmen estava o altar enfeitado com lindas flores. Todos sentados, entraram os noivos. Primeiro, Tiago, trazido pela sua mãe; depois, Thaís, de braços com seu pai. Ambos emocionados, assim como os convidados. Isso é interessante em casamentos assim, em que todos viajam juntos e, até poucos instantes antes, estavam reunidos. É a magia da celebração do matrimônio: um rito que não é apenas estético ou formal, mas sagrado.

 A celebração foi linda demais, e muito disso se deve à inspiração trazida pela bela história dos noivos, digna de um filme. Algo fora dos planos, no entanto, aconteceu: choveu, e muito. A água começou a desabar durante a leitura dos votos. Aliás, que votos! Lindas declarações de amor regadas por lágrimas de sinceridade que vazavam das fendas de honestidade abertas nos corações pulsantes daquelas duas pessoas que se amam mais do que tudo. Assim, a água doce que caía do céu se misturava à salgada vertida pelos olhos do casal.

 É óbvio que a chuva não estava nos planos dos noivos ao decidirem casar no caribe mexicano. Mesmo assim, ela, ironicamente, enriqueceu ainda mais a celebração. Como ocorre durante a vida matrimonial, a expectativa pode ser uma, mas a realidade, por vezes, é outra. Um casal tende a pensar que sua vida sempre será ensolarada e banhada por águas límpidas e tranquilas, mas nem sempre é assim. As tempestades acontecem.

 Eis a beleza e a simbologia de tudo. Thaís e Tiago, mesmo sob o peso daquelas águas, mantiveram-se ali, firmes, de mãos dadas, refugiados entre si e sob a proteção não apenas daquele guarda-chuva azul, mas do amor que um tem pelo outro. Um casamento que começa feliz mesmo quando celebrado abaixo de forte chuva é um bom sinal de que, embora os noivos estivessem pisando a areia, os fundamentos de seu matrimônio já se encontravam fixados na rocha.

 Thaís e Tiago, muito obrigado pela honra de ter celebrado o seu casamento! Que Deus os abençoe!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Dica de Tiras - High School Comics

Essa tira foi desenhad a por um amigo meu, Rodrigo Chaves, o qual realizou tal trabalho em parceria com outro artista, Cláudio Patto. Acho simplesmente excelente essa série de tiras chamada "High Shool Comics", que trata do cotidiano da vida escolar, sempre com bom humor. Mereceria aparecer todos os dias nos jornais, sem dúvida. Se a visualização não ficou boa, cliquem na imagem. Querem ver mais? Então acessem: http://contratemposmodernos.blogspot.com .

COMO É BOM TE BEIJAR

Como é bom te beijar, pois, ao fazê-lo, percebo como foi sábio ter me dirigido a ti assim que te vi, ter mentido que gostava de Chico só pra ficar contigo, depois te namorar pra, finalmente, casar. Quanto mais longe fica aquela noite, mais próxima de hoje ela está, mais presente que a notícia mais recente e mais bela do que uma florescente manhã de primavera. Como é bom te beijar. Teus lábios aconchegantes foram e são a chave para o que é mais precioso: o amor que temos um pelo outro, que fazemos um com o outro e que geraram as riquezas mais valiosas do que a soma de todo o ouro encontrado em toda a história: a Amélia e a Glória. Como é bom te beijar. A cada vez que trocamos sabores, algo muda em mim, um começo que me conduz a outro, nunca a um fim, afinal, depois do nosso "sim" dito no altar, juramos para sempre lado a lado caminhar. A estrada foi e sempre dura será, mas ela também  sempre trouxe muita beleza entre algumas tristezas, e assim seguirá, com a certeza de que Deu

NOITE FELIZ FORA DAS TRINCHEIRAS

    Entre tantos horrores e traumas, aconteceu na Primeira Guerra Mundial um evento isolado, mas absurdamente insólito e inspirador. Um fato tão bizarro quanto lindo, e não seria exagero dizer que se tratou de um verdadeiro milagre de natal, talvez o maior deles desde o próprio nascimento de Cristo.   A conhecida “Trégua de Natal de 1914” ocorreu em diferentes partes do front de batalha, e um dos seus mais famosos armistícios se deu nos arredores de Ypres na Bélgica, quando, na noite de natal, alemães decoraram suas trincheiras com pinheiros enfeitados e começaram a cantar, ao que os adversários, no lado oposto, responderam, com suas músicas. Por vezes, uniam suas canções às do “inimigo”, mas cada um no seu idioma. A melodia foi o convite para a paz e, assim, ambas as forças baixaram suas armas e se uniram para lembrar o nascimento de Cristo, com direito a comida, bebida, louvores e missa ecumênica celebrada simultaneamente por um padre escocês para britânicos, franceses e alemães.