A profissional @katiafeilcerimonialista,
ao compartilhar a imagem de um dos casamentos por ela organizados, em que, num
estilo industrial, uma das portas do salão servira como painel para uma das
mesas de doces, referiu que “cada casal tem a sua história, suas preferências e
expectativas e conseguir transmitir isso em um projeto é maravilhoso”. Pois digo
que o resultado é ainda melhor do que essa constatação, pois ele permite que se
reflita, a partir dele, de forma transcendente.
Em tese, um casal ou até mesmo um profissional comum buscaria ilustrar as tais preferências e estilos do cliente com algo pronto, fechado. Um painel especialmente desenhado para aquilo, uma paisagem ou locação pontualmente escolhidos para representar um sentimento ou perfil. A solução, porém, foi uma porta que já existia, que estava lá, e ela se mostrou não apenas bela e acertada, mas trouxe um forte caráter simbólico.
Na vida conjugal, o perfeito sempre é buscado, tanto no relacionamento quanto nos objetivos em comum do casal. Acontece que muitos sonhos demoram ou talvez nunca se realizem. O próprio jeito como um cônjuge se relaciona com o outro de repente não é aquela perfeição que, teoricamente, deveria ser. Porém, estando ambos hidratados com humildade e buscando, de coração aberto, a felicidade no matrimônio, é possível enxergar naquilo que está diante de seus olhos, sob seus narizes, uma resposta que de repente parecia distante. Uma porta serve como entrada e saída de um lugar, certo? É verdade, mas não será ela o elemento ideal buscado para compor aquela mesa e refletir o estilo de preferência dos noivos? Uma solução que estava ali, diante deles, e que se mostrou linda!
O mesmo vale para as pequenas coisas do cotidiano. É a absorção da máxima “Eu não tenho tudo que amo, mas amo tudo que tenho”, afinal, se observarmos o que está ao nosso alcance com amor, veremos muito mais do que os olhos percebem, e nossos espíritos constatarão a verdade e a beleza onde ela de fato existe, valorizando-as e vetorizando-as a nosso favor.
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