Sou contra a divulgação dessas pesquisas. Verdadeiras ou não, elas influenciam, sim, o voto. Na verdade, essas pesquisas são verdadeiras, elas acontecem, mas é muito fácil manipulá-las. Ex.: faço uma pesquisa em cidades especificamente escolhidas por serem de maioria petista. É provável que a Dilma esteja na frente nessa pesquisa. Todavia, posso fazer a pesquisa em cidades-reduto do PSDB e o resultado será inverso. Depois, contribuem no que essas pesquisas? Sanar a nossa curiosidade? Isso é ridículo! É um fator que com certeza influencia o voto do povo. Dizer que a Dilma já é presidente por causa do resultado das pesquisas é a mesma coisa que dizer: "vou votar pra quê?".
Sou contra a divulgação dessas pesquisas, ao menos em ano eleitoral, ou por um período mínimo anterior às eleições, como a partir do início oficial da campanha.
Isso me lembra o debate Collor X Lula, em que, um dia depois de tal evento, quando houve a famosa edição do JN, foi divulgada uma esdrúxula pesquisa-relâmpago que questionava coisas do tipo: "quem ganhou o debate" ou "quem apresentou as idéias mais claras". O Collor "ganhou" em todos os quesitos, mas, partindo do princípio de que a pesquisa de fato foi feita, a pergunta é: quem foram os entrevistados ou, ainda, onde eles foram entrevistados?
Meu voto não é influenciado pelos números das pesquisas, mas aposto que a maioria do povo o é. Portanto, não vejo afronta nenhuma à democracia e à liberdade de expressão em ser proibida a divulgação das pesquisas no período de seis meses antes das eleições, por exemplo. Os meios de comunicação poderiam malhar um candidato e ovacionar outro, mas não me restam dúvidas de que a maior influência na decisão do povo, depois do "pão e circo" (se é que me entendem), reside na divulgação das pesquisas. Isso porque acabamos por tratar o sobe-e-desce dos candidatos com a oscilação do valor das ações no mercado, quando passamos a pensar, mesmo que sem querer: "não vou apostar em algo/alguém com tendência de queda".
Sou contra a divulgação dessas pesquisas, ao menos em ano eleitoral, ou por um período mínimo anterior às eleições, como a partir do início oficial da campanha.
Isso me lembra o debate Collor X Lula, em que, um dia depois de tal evento, quando houve a famosa edição do JN, foi divulgada uma esdrúxula pesquisa-relâmpago que questionava coisas do tipo: "quem ganhou o debate" ou "quem apresentou as idéias mais claras". O Collor "ganhou" em todos os quesitos, mas, partindo do princípio de que a pesquisa de fato foi feita, a pergunta é: quem foram os entrevistados ou, ainda, onde eles foram entrevistados?
Meu voto não é influenciado pelos números das pesquisas, mas aposto que a maioria do povo o é. Portanto, não vejo afronta nenhuma à democracia e à liberdade de expressão em ser proibida a divulgação das pesquisas no período de seis meses antes das eleições, por exemplo. Os meios de comunicação poderiam malhar um candidato e ovacionar outro, mas não me restam dúvidas de que a maior influência na decisão do povo, depois do "pão e circo" (se é que me entendem), reside na divulgação das pesquisas. Isso porque acabamos por tratar o sobe-e-desce dos candidatos com a oscilação do valor das ações no mercado, quando passamos a pensar, mesmo que sem querer: "não vou apostar em algo/alguém com tendência de queda".
lembra do rigoto? ele foi um que se beneficiou pelas pesquisas naquela disputa pro governo
ResponderExcluirquando maioria do pessoal viu que a "terceira via" vinha crescendo, houve uma migração em massa pra votar nele
e eu fui um
Daí, Renan!! Concordo com a sua preocupação com relação à divulgação das pesquisas, mas fico com medo de que, ao não divulgá-las, aconteçam "surpresas" esquisitas nas eleições, como o favorecimento de algum candidato ou coisas do tipo. Daí, nesse caso, como sustentar que alguém de fato estava mais a frente que outro candidato? Seria um transtorno bizonho!
ResponderExcluirDe repente, além da limitação das pesquisas durante certo tempo antes das eleições (sei lá, duas semanas antes, digamos), deveria haver alguma espécie de "pesquisa independente", conduzida conforme critérios claros pela Justiça Eleitoral, com a ajuda do IBGE, por exemplo.
Ah, e um troço de manipulação óbvio é fazer pesquisa perguntando em que vc vai votar, e, ao mesmo tempo, avaliar o governo do Lula...