Marina Silva e o PV foram coerentes e não apoiaram nem Serra nem Dilma. Todavia, na propaganda eleitoral de terça-feira, foi bizarro ver o Fernando Gabeira defendendo a candidatura de Serra, enquanto Gilberto Gil, a de Dilma.
Vivemos numa democracia e não se pode proibir os políticos do partido A, B ou V a se manifestarem em favor de um candidato ou de outro, forçando-os à neutralidade pública. Contudo, trata-se de um erro político do PV que isso não tenha sido acertado internamente, pois enquanto a imagem do PV ganhava destaque com a neutralidade, pois coerente, encolhe com a "libertinagem opinativa" de seus membros.
O que levou o PT ao poder e foi fortalecendo o partido durante os anos que antecederam a conquista do Brasil (sim, conquista, como demonstra a maioria de apoiadores nos estados e no congresso) foi a coerência de seus membros no campo das posições. O PT age quase sempre em bloco, e isso lhes conferiu certa identidade. Aqueles que resolveram dançar música diferente da coordenada pelas lideranças do partido acabaram expulsos (como no caso dos fundadores do PSOL, ou de outros políticos que hoje compõem partidos de extrema-esquerda). O PT, em si, sempre teve liderança, no sentido literal do termo, em relação aos seus membros, que seguiam, e ainda seguem a orientação da cúpula. Isso inexiste no PV, de Marina.
Ou seja, percebe-se, agora, que Marina Silva talvez até tenha se tornado maior nessas eleições. É possível que ela, de repente, tenha capacidade para os desafios eleitorais do futuro. No entanto, o seu PV, ao deixar o eleitor à vontade quanto ao seu voto, cometeu o erro de fazer o mesmo com os seus membros. Desse modo, o partido ambientalista sai da eleição, outra vez, como um partido comum e sem identidade.
A árvore do PV, que depois de quase trinta anos de história brasileira parecia que enfim deixaria de ser um ramo para fortalecer o seu tronco, mostra que ainda não criou raízes suficientes para se fortalecer no cenário político-partidário brasileiro. Será necessário muito mais que uma figura simpática e popular (e talvez competente) como a de Marina Silva para regar essa frágil planta de modo que ela cresça forte e dê frutos. O PV ainda é verde e está longe de ser maduro.
Vivemos numa democracia e não se pode proibir os políticos do partido A, B ou V a se manifestarem em favor de um candidato ou de outro, forçando-os à neutralidade pública. Contudo, trata-se de um erro político do PV que isso não tenha sido acertado internamente, pois enquanto a imagem do PV ganhava destaque com a neutralidade, pois coerente, encolhe com a "libertinagem opinativa" de seus membros.
O que levou o PT ao poder e foi fortalecendo o partido durante os anos que antecederam a conquista do Brasil (sim, conquista, como demonstra a maioria de apoiadores nos estados e no congresso) foi a coerência de seus membros no campo das posições. O PT age quase sempre em bloco, e isso lhes conferiu certa identidade. Aqueles que resolveram dançar música diferente da coordenada pelas lideranças do partido acabaram expulsos (como no caso dos fundadores do PSOL, ou de outros políticos que hoje compõem partidos de extrema-esquerda). O PT, em si, sempre teve liderança, no sentido literal do termo, em relação aos seus membros, que seguiam, e ainda seguem a orientação da cúpula. Isso inexiste no PV, de Marina.
Ou seja, percebe-se, agora, que Marina Silva talvez até tenha se tornado maior nessas eleições. É possível que ela, de repente, tenha capacidade para os desafios eleitorais do futuro. No entanto, o seu PV, ao deixar o eleitor à vontade quanto ao seu voto, cometeu o erro de fazer o mesmo com os seus membros. Desse modo, o partido ambientalista sai da eleição, outra vez, como um partido comum e sem identidade.
A árvore do PV, que depois de quase trinta anos de história brasileira parecia que enfim deixaria de ser um ramo para fortalecer o seu tronco, mostra que ainda não criou raízes suficientes para se fortalecer no cenário político-partidário brasileiro. Será necessário muito mais que uma figura simpática e popular (e talvez competente) como a de Marina Silva para regar essa frágil planta de modo que ela cresça forte e dê frutos. O PV ainda é verde e está longe de ser maduro.
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