Mantendo a velha rotina de enganação, tão comum na relação clubes de futebol x torcedor, Paulo Odone traz Paulo Pelaipe de volta ao Olímpico como um "salvador de pátria". Este, por sua vez, chega como o "dono da verdade",cuspindo fogo nos microfones por meio de suas críticas feitas ao elenco tricolor.
Bom, dividirei este artigo em duas partes, cada uma sob um enfoque.
Primeiro, gostaria de falar sobre o velho "mais-do-mesmo" do comando gremista. Não importa: o que vemos desde a criação do clube é a forma "dinástica" de dirigir o clube, como uma democracia disfarçada, ctal qual ocorria na época da política do Café com Leite em relação à política nacional brasileira do início do século passado. Apesar de haver mais de dois polos políticos, os grupos com uma tendência ou outra se revezam no poder da instituição, e, para piorar, são SEMPRE as mesmas pessoas, de uma forma ou de outra.
Não são nomes novos, de gremistas cuja capacidade gerencial é reconhecida em diferentes áreas além da azenha, mas pessoas que já passaram pelo clube, escoltadas por outras que também já viveram a diretoria ou, no máximo, meros apadrinhados daqueles velhos representantes dos vícios do passado.
Antônio Vicente Martins, por exemplo foi o vice que deixou escapar Ronaldinho entre os dedos, afinal, era o vice de futebol do Guerreiro, o "presidente IESSEÉLICO", no ano de 2000, quando o contrato com o dentuço deveria ter sido renovado. Era ele o vice naquela derrota para o São Caetano. Por vaidade, provavelmente, o cara volta ao Olímpico para comandar o futebol e com uma missão: limpar o passado citado acima, com a contratação do Ronaldinho. Além de não vir o mercenáR10, perdeu o Jonas e disse na entrevista coletiva que a culpa foi da diretoria anterior. Ah, por favor, e ele não sabia disso na época da campanha? Pois deveria.
Enfim, AVM pode servir para muitas coisas, ser ótimo em sua profissão, mas não pode para comandar futebol de clubes. Não nasceu para isso. O pior de tudo, no entanto, é que o "mais do mesmo" prevaleceu e ele, apesar dos grandes equívocos do passado, voltou neste ano.
Paulo Pelaipe também se inclui na dança do "mais-do-mesmo" gremista. Pelo que li na ZH, ele era assessor do Guerreiro na época em que o AVM era vice, e também ocupou cargo na diretoria. Ou seja, também estava na diretoria que enlameou o Grêmio até 2020. Ao contrário de Martins, todavia, Pelaipe tem virtudes, como a contratação de alguns bons jogadores desconhecidos.
Nos três anos e meio trabalhando ao lado de Odone, o dirigente:
- redescobriu o Patrício, que estava no sprint final da carreira e, apesar dos pesares, rendeu bem nos anos de 2005 ("Batalha dos Aflitos") e 2006 (terceiro no brasileirão). Digam o que disserem, Patrício foi o melhor lateral do Grêmio desde a era Anderson Lima até o Gabriel (o do ano passado, claro), enquanto não afundava em 2007, fruto do fim da carreira;
- Descobriu o Pereira, que joga muito como líbero, além de ser um cara alto;
- Descobriu William, o melhor zagueiro gremista desde Adilson, Mauro Galvão e Rivarola, perdido em Minas com quase 30 anos;
- Trouxe o Tcheco, que DEU AZAR por não ter conquistado nada por aqui, pois pelo que demonstrou, merecia erguer canecos além do Gauchão;
- Descobriu o Sandro Goiano, com mais de trinta anos, que se tornou o maior ídolo-símbolo da raça gremista desde o Dinho. Jogou muito até a idade pesar;
- Descobriu o Teco, que jogava demais na zaga, até que se arrebentou e não tive mais notícias dele;
- Trouxe o Victor e o Réver, duas baitas contratações que não custaram quase nada;
- Trouxe o Jonas, que viria a ser o melhor atacante gremista desde o Paulo Nunes;
- Trouxe o Jeovânio, um verdadeiro cão-de-guarda da zaga, que apesar de limitado tecnicamente, marcava muito e evitava muitos cruzamentos adversários para a área gremista.
- Descobriu o Evaldo, que foi um baita zagueiro durante todo aquele ano de 2006, apesar de hoje não jogar quase nada por problemas desconhecidos.
- Isso sem contar a aposta no Mano Menezes, talvez a cartada mais certeira de todas.
É inegável que também houve a contratação de estrelas que, na época, deram certo, como Hugo, Diego Souza e Róger, quando ninguém apostava neles, além de outros relativamente bons jogadores trazidos nesse meio tempo por Pelaipe, todos de acordo com os contextos da época.
Claro que houve equivocos: Paulo Sérgio, Pedro Júnior, Amoroso, Schiavi, Wellington, Ramón, Perea, Kelly, Marcel, Rodrigo Mendes, Luciano Fonseca, André Luis, Bustos, Escalona, Tuta, Douglas (centroavante), Labarthe etc... a lista é longa.
Mesmo assim, é "mais-do-mesmo". Aguardemos para ver se dará certo.
O outro ponto que eu gostaria de destacar é a língua de Pelaipe. Ele fez críticas pesadas a alguns jogadores e sua postura em campo - perfeitas, corretíssimas, mas públicas, o que pode gerar algum problema na relação com os atletas.
De qualquer forma, acabei de assistir ao JoAberto RS na Band e dou créditos ao Pelaipe. Ele disse que agora é mais light (Paulo Pelight) nas suas declarações, e que nem deverá fazer isso, uma função daquele que ocupará a vice presidência do Grêmio.
A missão do novo executivo de futebol é trazer zagueiros de verdade, que saibam cabecear, e um atacante que faça gols.
Bom, dividirei este artigo em duas partes, cada uma sob um enfoque.
Primeiro, gostaria de falar sobre o velho "mais-do-mesmo" do comando gremista. Não importa: o que vemos desde a criação do clube é a forma "dinástica" de dirigir o clube, como uma democracia disfarçada, ctal qual ocorria na época da política do Café com Leite em relação à política nacional brasileira do início do século passado. Apesar de haver mais de dois polos políticos, os grupos com uma tendência ou outra se revezam no poder da instituição, e, para piorar, são SEMPRE as mesmas pessoas, de uma forma ou de outra.
Não são nomes novos, de gremistas cuja capacidade gerencial é reconhecida em diferentes áreas além da azenha, mas pessoas que já passaram pelo clube, escoltadas por outras que também já viveram a diretoria ou, no máximo, meros apadrinhados daqueles velhos representantes dos vícios do passado.
Antônio Vicente Martins, por exemplo foi o vice que deixou escapar Ronaldinho entre os dedos, afinal, era o vice de futebol do Guerreiro, o "presidente IESSEÉLICO", no ano de 2000, quando o contrato com o dentuço deveria ter sido renovado. Era ele o vice naquela derrota para o São Caetano. Por vaidade, provavelmente, o cara volta ao Olímpico para comandar o futebol e com uma missão: limpar o passado citado acima, com a contratação do Ronaldinho. Além de não vir o mercenáR10, perdeu o Jonas e disse na entrevista coletiva que a culpa foi da diretoria anterior. Ah, por favor, e ele não sabia disso na época da campanha? Pois deveria.
Enfim, AVM pode servir para muitas coisas, ser ótimo em sua profissão, mas não pode para comandar futebol de clubes. Não nasceu para isso. O pior de tudo, no entanto, é que o "mais do mesmo" prevaleceu e ele, apesar dos grandes equívocos do passado, voltou neste ano.
Paulo Pelaipe também se inclui na dança do "mais-do-mesmo" gremista. Pelo que li na ZH, ele era assessor do Guerreiro na época em que o AVM era vice, e também ocupou cargo na diretoria. Ou seja, também estava na diretoria que enlameou o Grêmio até 2020. Ao contrário de Martins, todavia, Pelaipe tem virtudes, como a contratação de alguns bons jogadores desconhecidos.
Nos três anos e meio trabalhando ao lado de Odone, o dirigente:
- redescobriu o Patrício, que estava no sprint final da carreira e, apesar dos pesares, rendeu bem nos anos de 2005 ("Batalha dos Aflitos") e 2006 (terceiro no brasileirão). Digam o que disserem, Patrício foi o melhor lateral do Grêmio desde a era Anderson Lima até o Gabriel (o do ano passado, claro), enquanto não afundava em 2007, fruto do fim da carreira;
- Descobriu o Pereira, que joga muito como líbero, além de ser um cara alto;
- Descobriu William, o melhor zagueiro gremista desde Adilson, Mauro Galvão e Rivarola, perdido em Minas com quase 30 anos;
- Trouxe o Tcheco, que DEU AZAR por não ter conquistado nada por aqui, pois pelo que demonstrou, merecia erguer canecos além do Gauchão;
- Descobriu o Sandro Goiano, com mais de trinta anos, que se tornou o maior ídolo-símbolo da raça gremista desde o Dinho. Jogou muito até a idade pesar;
- Descobriu o Teco, que jogava demais na zaga, até que se arrebentou e não tive mais notícias dele;
- Trouxe o Victor e o Réver, duas baitas contratações que não custaram quase nada;
- Trouxe o Jonas, que viria a ser o melhor atacante gremista desde o Paulo Nunes;
- Trouxe o Jeovânio, um verdadeiro cão-de-guarda da zaga, que apesar de limitado tecnicamente, marcava muito e evitava muitos cruzamentos adversários para a área gremista.
- Descobriu o Evaldo, que foi um baita zagueiro durante todo aquele ano de 2006, apesar de hoje não jogar quase nada por problemas desconhecidos.
- Isso sem contar a aposta no Mano Menezes, talvez a cartada mais certeira de todas.
É inegável que também houve a contratação de estrelas que, na época, deram certo, como Hugo, Diego Souza e Róger, quando ninguém apostava neles, além de outros relativamente bons jogadores trazidos nesse meio tempo por Pelaipe, todos de acordo com os contextos da época.
Claro que houve equivocos: Paulo Sérgio, Pedro Júnior, Amoroso, Schiavi, Wellington, Ramón, Perea, Kelly, Marcel, Rodrigo Mendes, Luciano Fonseca, André Luis, Bustos, Escalona, Tuta, Douglas (centroavante), Labarthe etc... a lista é longa.
Mesmo assim, é "mais-do-mesmo". Aguardemos para ver se dará certo.
O outro ponto que eu gostaria de destacar é a língua de Pelaipe. Ele fez críticas pesadas a alguns jogadores e sua postura em campo - perfeitas, corretíssimas, mas públicas, o que pode gerar algum problema na relação com os atletas.
De qualquer forma, acabei de assistir ao JoAberto RS na Band e dou créditos ao Pelaipe. Ele disse que agora é mais light (Paulo Pelight) nas suas declarações, e que nem deverá fazer isso, uma função daquele que ocupará a vice presidência do Grêmio.
A missão do novo executivo de futebol é trazer zagueiros de verdade, que saibam cabecear, e um atacante que faça gols.
Comentários
Postar um comentário