Pular para o conteúdo principal

UM CASAL QUE INSPIRA

 


Logo no início da minha entrevista pessoal com os noivos, sempre lhes digo que a inspiração para a celebração vem deles mesmos. Posso garantir que quanto melhor a sua jornada e, principalmente, a sua sintonia como casal e o amor por eles transpirado com palavras, melhor será a mensagem.

 Alguns poderiam dizer que suas histórias seriam simplórias e não teriam nada demais e a maioria estaria certa. Por isso a importância do segundo elemento: a sintonia e a transpiração de amor percebida no casal. Como uma aura mágica, essa condição torna a mais comum das jornadas em uma saga digna de filme, e acabamos percebendo que o caminho trilhado pelo casal até aquele momento da entrevista, a qual antecede em alguns meses o seu casamento, é muito mais do que parece.

 No último final de semana, celebrei um lindo casamento graças à inspiração fornecida pelos noivos, cuja jornada, embora pudesse ser simples para alguns, traz, na verdade, indivíduos, sentimentos e histórias pessoais que a enriquecem de forma singular. Acima de tudo, expõe um amor plantado, regado e cultivado nesse período, dotando aquele belo percurso a dois de um significado ímpar e incomparável. O amor dos dois, porém, não era percebido apenas na forma como narrada a sua história, mas nos seus olhares, na sua emoção, na clara percepção de que tanto na entrevista quanto ali, no altar, seus espíritos se encontravam desnudados e, há muito tempo, fundidos em um só. A consequência não foi somente a inspiração para a mensagem, mas para a vida daqueles ao seu redor.

 Como eu lhes disse na celebração, não há nada mais valoroso do que um casal que verdadeiramente se ama e pratica e declara esse amor, publicamente e entre quatro paredes, manifestando-se como verdadeira testemunha do amor que Deus quer se reflita entre um homem e uma mulher. Um amor que enche os corações daqueles que os rodeiam com esperança e admiração e que certamente será passado adiante aos filhos que um dia virão a ter e para todos os que seguirão ao seu lado nos dias e anos vindouros.

 Patrícia e Jean, muito obrigado pela honra de ter celebrado o seu casamento!

*Imagem: @pontoraw

 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Dica de Tiras - High School Comics

Essa tira foi desenhad a por um amigo meu, Rodrigo Chaves, o qual realizou tal trabalho em parceria com outro artista, Cláudio Patto. Acho simplesmente excelente essa série de tiras chamada "High Shool Comics", que trata do cotidiano da vida escolar, sempre com bom humor. Mereceria aparecer todos os dias nos jornais, sem dúvida. Se a visualização não ficou boa, cliquem na imagem. Querem ver mais? Então acessem: http://contratemposmodernos.blogspot.com .

COMO É BOM TE BEIJAR

Como é bom te beijar, pois, ao fazê-lo, percebo como foi sábio ter me dirigido a ti assim que te vi, ter mentido que gostava de Chico só pra ficar contigo, depois te namorar pra, finalmente, casar. Quanto mais longe fica aquela noite, mais próxima de hoje ela está, mais presente que a notícia mais recente e mais bela do que uma florescente manhã de primavera. Como é bom te beijar. Teus lábios aconchegantes foram e são a chave para o que é mais precioso: o amor que temos um pelo outro, que fazemos um com o outro e que geraram as riquezas mais valiosas do que a soma de todo o ouro encontrado em toda a história: a Amélia e a Glória. Como é bom te beijar. A cada vez que trocamos sabores, algo muda em mim, um começo que me conduz a outro, nunca a um fim, afinal, depois do nosso "sim" dito no altar, juramos para sempre lado a lado caminhar. A estrada foi e sempre dura será, mas ela também  sempre trouxe muita beleza entre algumas tristezas, e assim seguirá, com a certeza de que Deu

NOITE FELIZ FORA DAS TRINCHEIRAS

    Entre tantos horrores e traumas, aconteceu na Primeira Guerra Mundial um evento isolado, mas absurdamente insólito e inspirador. Um fato tão bizarro quanto lindo, e não seria exagero dizer que se tratou de um verdadeiro milagre de natal, talvez o maior deles desde o próprio nascimento de Cristo.   A conhecida “Trégua de Natal de 1914” ocorreu em diferentes partes do front de batalha, e um dos seus mais famosos armistícios se deu nos arredores de Ypres na Bélgica, quando, na noite de natal, alemães decoraram suas trincheiras com pinheiros enfeitados e começaram a cantar, ao que os adversários, no lado oposto, responderam, com suas músicas. Por vezes, uniam suas canções às do “inimigo”, mas cada um no seu idioma. A melodia foi o convite para a paz e, assim, ambas as forças baixaram suas armas e se uniram para lembrar o nascimento de Cristo, com direito a comida, bebida, louvores e missa ecumênica celebrada simultaneamente por um padre escocês para britânicos, franceses e alemães.