Estou arrasado. Hoje à tarde ouvi pelo rádio uma terrível notícia, cujos detalhes conferi, em seguida, pela internet(http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1§ion=Pol%EDtica&newsID=a3149633.xml): os deputados estaduais gaúchos aprovaram o aumento dos próprios salários em 73%. Isso significa que seus atuais vencimentos, que são de R$ 11,5 mil, ficarão fixados em R$ 20.042,34. Um adjetivo resume essa atitude: nojenta.
E a população, protesta? Essa minha postagem é uma forma de protesto, mas como sei que ninguém vai lê-la, vale muito mais como um desabafo. Na página que indiquei, matéria da zerohora.com, há um comentário interessante: com a internet, muitos falam, há mais voz, a liberdade de expressão reina. No entanto, será que essa voz faz algum barulho? E será que a tal ampla liberdade de expressão tem algum poder? Acho, sinceramente, que não. Se os políticos não olham pela janela e veem aquela multidão pulsante, não terão motivos para arrepiarem os cabelos e sentirem seus cargos ameaçados no futuro. Comentários pela Internet não são influentes, a não ser que eles tenham algum objetivo específico, como organizar uma mobilização, por exemplo.
O fato é que nossa sociedade é cada vez mais individualista, isolacionista e virtual. No dicionário Aulete, virtual é o que não existe no momento, mas pode vir a existir, que tem potencial. Ou seja: um protesto pela internet, virtual, não é um protesto, mas tem potencial para ser. O que falta para nós, filhos dessa geração do personal computer, dos notebooks e netbooks e dos smartphones, é VONTADE, GANA e DISPOSIÇÃO! Opinião crítica nós temos. Então por que não arrepiar os pelos das bundas desses políticos sem-vergonha?
Eu sou preguiçoso e tenho vergonha disso. O pior de tudo, no entanto, não é ter consciência de que sou um preguiçoso na hora de gritar contra políticos na rua, mas ver que quase todos são assim. E antes que algum "jovem consciente" atire a primeira pedra, gostaria de saber onde ele estava hoje, quando esse projeto foi aprovado, ou onde estará amanhã, quando todos já tiverem conhecimento da funesta notícia. A verdade é que só há protestos quando determinadas medidas doem no bolso. O CPERS massacrou o governo Yeda, mas por causa dos seus baixos salários. Isso não é puro exercício de cidadania, mas a defesa de uma corporação (justa defesa, diga-se de passagem, apesar de discutíveis atitudes, em alguns momentos - ex.: protesto em frente à casa da governadora às 7h da manhã de um dia da semana).
A verdade é que, quando a democracia chegou para ficar no Brasil, nos deparamos com a era da realidade virtual. Não deu tempo para, de fato, exercitarmos a cidadania. Não aprendemos a ser cidadãos e brincamos disso quando protestamos em espaços destinados a comentários em sites de notícias, ou pelo facebook, twitter, orkut, e até mesmo por meio desse blog.
Está na hora de crescer e parar de brincar. Não somos mais meninos na democracia, mas homens. Exercitemos a cidadania como homens.
1 Cor 13:11 Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
E a população, protesta? Essa minha postagem é uma forma de protesto, mas como sei que ninguém vai lê-la, vale muito mais como um desabafo. Na página que indiquei, matéria da zerohora.com, há um comentário interessante: com a internet, muitos falam, há mais voz, a liberdade de expressão reina. No entanto, será que essa voz faz algum barulho? E será que a tal ampla liberdade de expressão tem algum poder? Acho, sinceramente, que não. Se os políticos não olham pela janela e veem aquela multidão pulsante, não terão motivos para arrepiarem os cabelos e sentirem seus cargos ameaçados no futuro. Comentários pela Internet não são influentes, a não ser que eles tenham algum objetivo específico, como organizar uma mobilização, por exemplo.
O fato é que nossa sociedade é cada vez mais individualista, isolacionista e virtual. No dicionário Aulete, virtual é o que não existe no momento, mas pode vir a existir, que tem potencial. Ou seja: um protesto pela internet, virtual, não é um protesto, mas tem potencial para ser. O que falta para nós, filhos dessa geração do personal computer, dos notebooks e netbooks e dos smartphones, é VONTADE, GANA e DISPOSIÇÃO! Opinião crítica nós temos. Então por que não arrepiar os pelos das bundas desses políticos sem-vergonha?
Eu sou preguiçoso e tenho vergonha disso. O pior de tudo, no entanto, não é ter consciência de que sou um preguiçoso na hora de gritar contra políticos na rua, mas ver que quase todos são assim. E antes que algum "jovem consciente" atire a primeira pedra, gostaria de saber onde ele estava hoje, quando esse projeto foi aprovado, ou onde estará amanhã, quando todos já tiverem conhecimento da funesta notícia. A verdade é que só há protestos quando determinadas medidas doem no bolso. O CPERS massacrou o governo Yeda, mas por causa dos seus baixos salários. Isso não é puro exercício de cidadania, mas a defesa de uma corporação (justa defesa, diga-se de passagem, apesar de discutíveis atitudes, em alguns momentos - ex.: protesto em frente à casa da governadora às 7h da manhã de um dia da semana).
A verdade é que, quando a democracia chegou para ficar no Brasil, nos deparamos com a era da realidade virtual. Não deu tempo para, de fato, exercitarmos a cidadania. Não aprendemos a ser cidadãos e brincamos disso quando protestamos em espaços destinados a comentários em sites de notícias, ou pelo facebook, twitter, orkut, e até mesmo por meio desse blog.
Está na hora de crescer e parar de brincar. Não somos mais meninos na democracia, mas homens. Exercitemos a cidadania como homens.
1 Cor 13:11 Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
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