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Pesquisas Eleitorais: um problema

Sou contra a divulgação dessas pesquisas. Verdadeiras ou não, elas influenciam, sim, o voto. Na verdade, essas pesquisas são verdadeiras, elas acontecem, mas é muito fácil manipulá-las. Ex.: faço uma pesquisa em cidades especificamente escolhidas por serem de maioria petista. É provável que a Dilma esteja na frente nessa pesquisa. Todavia, posso fazer a pesquisa em cidades-reduto do PSDB e o resultado será inverso. Depois, contribuem no que essas pesquisas? Sanar a nossa curiosidade? Isso é ridículo! É um fator que com certeza influencia o voto do povo. Dizer que a Dilma já é presidente por causa do resultado das pesquisas é a mesma coisa que dizer: "vou votar pra quê?". Sou contra a divulgação dessas pesquisas, ao menos em ano eleitoral, ou por um período mínimo anterior às eleições, como a partir do início oficial da campanha. Isso me lembra o debate Collor X Lula, em que, um dia depois de tal evento, quando houve a famosa edição do JN, foi divulgada uma esdrúxula pesquisa-

Quem é "fielzão" a Ricardo Teixeira se dá bem.

Nada de surpreendente no anúncio feito pela "comissão organizadora da copa de 2014" acerca do estádio que fará a abertura do evento. Ricardo Teixeira vetou o Morumbi por motivos "técnicos-financeiros", mas sempre disse que a abertura do evento teria que ser em São Paulo. O São Paulo FC apresentou seus projetos, mas todos foram reprovados. Todavia, o Corinthians ganhou a honra de sediar a abertura sem ter sequer mostrado à CBF o seu projeto, que só hoje veio à tona. Nada surpreendente, como dito antes, afinal, Andrés Sanchez é, no mínimo, "amiguinho" de Teixeira, o qual, por sua vez, é inimigo de Juvenal Juvêncio, presidente do São Paulo e um dos responsáveis pela eleição de Fábio Koff, outro inimigo do presidente da CBF, ao Clube dos 13. Ou seja: a indicação do estádio imaginário do Corinthians sem a CBF sequer ter visto o respectivo projeto foi uma verdadeira punição ao presidente do São Paulo. Ainda quanto ao "fielzão", vale lembrar que o proje

Conservar o que é bom

O título acima não é nada convidativo, correto? Claro que não, ainda mais hoje em dia. Certa vez um amigo meu, cartunista, escreveu uma breve crônica dizendo que, na atualidade, somente o que é novo, de vanguarda, é considerado bom. Ele se referia especificamente ao aspecto artístico, mas isso vale para tudo. Hoje em dia, se alguém afirma que o homossexualismo, apesar de comum, não é normal, é praticamente queimado vivo; quem critica o aborto é visto como quem não se preocupa com a dignidade da mulher; aquele que tem religião é irracional; o que quer casar e ter filhos é visto depreciativamente como "antigo"; o que é contra a legalização das drogas é "careta". Poderia citar infinitos exemplos de preconceito com os conservadores, mas a idéia era apenas trazer os mencionados de modo que ilustrasse o meu pensamento. De fato, muitos têm uma ideia limitada de que "conservar" é manter tudo de ruim. Errado. Conservadorismo, por exemplo, seria isso: mantém TUDO ex

Quem planta, colhe.

Não posso deixar de me manifestar acerca dos classificados para as oitavas de final da atual copa do mundo. Percebi que quem investe no futebol, colhe bons jogadores e, bem treinados, bons times. E quando falo em investimento, não estou tratando do sentido "marqueteiro" da palavra, mas naquele relacionado à evolução do esporte, ou seja, na formação de base e no estudo sobre as técnicas do futebol. Tanto Brasil quanto, Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile, todos classificados para a próxima fase do mundial, investem bastante na formação de novos talentos, e isso ocorre, principalmente, por uma questão de necessidade de reposição de jogadores, uma vez que os clubes ricos da Europa e Ásia não tardam em fazer seus ranchos por aqui, levando o que temos de melhor. Coréia do Sul e Japão estão nas oitavas. Surpresa? Não. Há vinte anos o futebol praticamente inexistia nesses países. O Japão fez o seu plano "Cosmos", mas em vez de levar Pelé, trouxe Zico. Desde então, os nipô

VIAGENS NA MAIONESE - A Seleção da República Rio-Grandense na Copa de 2006

PRÓLOGO - A classificação para a copa foi árdua, mas com o time altamente qualificado, chegamos lá em terceiro lugar, empurrando o Equador para a quarta posição, o Paraguai para a repescagem e tirando o Uruguai de outra copa. Durante as eliminatórias, o ataque era formado por Cláudio Pitbull e Christian, dupla entrosada do Grêmio da época, mas com a ascensão de Rafael Sóbis e a explosão de Anderson, tal setor acabou modificado. Havia outras diferenças do time que iniciou as eliminatórias para o que estrearia na Copa do Mundo. No gol jogava André, guarda-redes do Juventude mas que passou grande parte da carreira no Internacional; ao lado de Anderson Polga, na zaga ficava Scheidt; devido à escassez de laterais-esquerdos e aos problemas extra-campo de Chiquinho (de ótima temporada em 2002 e 2003, decaindo a partir de 2004), Roger fazia a posição; à frente de Émerson jogava Fábio Rochemback, que estava em seu auge no Sporting de Lisboa. A equipe nas eliminatórias: 1 - André 2 - Maicon 3 -

Seleção da República Rio-Grandense

Eu adoro viajar na maionese e pensar em coisas possíveis de terem acontecido. Uma das que mais me vem à cabeça é aquela que comentei há pouco: e se a República Rio-Grandense tivesse se mantido e se consolidado? Bom, não quero discorrer sobre isso (embora já tenha dado uma palhinha no tópico anterior), mas gostaria de me prender nesse assunto em relação ao futebol (aliás, tenho falado demais sobre futebol, né? Preciso ler um pouco menos de caderno de esportes para ter outros assuntos a tratar). Uma vez República Rio-Grandense e independente, imaginem nossas seleções de futebol. Pois bem, vou começar uma série de posts falando da campanha da seleção de futebol nas Copas de 1994 em diante. Estaríamos em todas elas, seguramente, e o Brasil seria Tri ainda hoje, enquanto que nós tb teríamos levado alguns canecos. Abaixo, só como aperitivo, seguem as Seleções de 2006 e 2010: 2010 Renan (goleiro) Maicon (Lateral-direito) Bolívar (Zagueiro) Anderson Polga (zagueiro) Michel Bastos (lateral-esqu

A Onda Celeste

Saí do trabalho às 15h30min, não por vagabundagem ou liberação, mas porque esse é o meu horário de saída mesmo. Alguns minutos depois já estava sentado no meu boteco preferido assistindo à seleção para a qual eu torço nessa Copa:o Uruguai. É evidente que se a Seleção Brasileira se defrontar contra a cisplatina, torcerei para o Brasil, mas não posso negar a minha forte simpatia pelo time uruguaio. No meu caso, um gremista convicto, acho que esse efeito se deve muito à combinação de cores da camisa do time da Banda Oriental do Rio da Prata (azul, preto e branco), mas é mais que isso: somos a mesma terra. O Uruguai, diferentemente da Argentina, não está separado do Brasil por um rio ou algum morro, montanha ou algo parecido. Trata-se de uma linha que corta o pampa em duas partes. As cidades de Rivera e Santana do Livramento, por exemplo, seriam seguramente uma só se não fosse pela linha traçada no mapa, representada, naquela(s) cidade(s) por uma avenida. Claro que as culturas têm diferenç