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Postagens

DECEPÇÃO E SUPERAÇÃO

O ser humano é uma criatura munida de crenças e ambições, cuja vida é voltada para o sucesso destas sob os princípios daquelas. O fracasso é a falha de um desses pontos, gerando um doloroso sentimento: a decepção. Entretanto, é preciso analisar os dois lados desse "mal" com o qual todos se deparam em diferentes épocas de suas vidas. Todos criamos alguma imagem de tudo, a qual nos guia em cada passo na vida. porém, quando alguma dessas imagens se despedaça, somos tomados por uma profunda aflição, a qual, em princípio, parece nos revelar que tudo em que acreditamos é falso. Contudo, as decepções não podem ser encaradas como derrotas definitivas das nossas crenças, mas sim como uma grande oportunidade, visando a encontrar os reais problemas que cercam nossas ideias e visão de mundo. As desilusões nos cercam no dia-a-dia. Mesmo sem intenção, acreditamos em certos princípios ou pessoas de tal forma, que não enxergamos suas falhas. Tomemos, como exemplo, os "socialistas ro

DESPEDIDAS: TEMPO DE RECONSTRUÇÃO

Lágrimas de saudades ou tempo de reconstruir? Eis a ambiguidade sentimental complexa na qual está inserida a despedida. Embora cada indivíduo encare de maneira diversa tal momento, é preciso analisar qual o melhor caminho a ser escolhido pelo ser humano após se dizer adeus. Tudo na vida possui ascensão, apogeu e declínio. Citemos, primeiramente, um exemplo banal de um casal de namorados: eles se conhecem e vão descobrindo um ao outro (ascensão), têm um auge sentimental (apogeu), no qual são ditas palavras adocicadas acompanhadas de atos do gênero, mas muitas vezes, por diversos motivos, a relação entra em crise (declínio) culminando ou no seu fim ou no início de uma nova fase, um período de transformação e restauração. Partindo da premissa do fim de um relacionamento, a parte que ainda gosta da outra remoer-se-á de saudades, sofrendo com a despedida. Entretanto, é preciso superar essa dor inicial com a expectativa e a esperança de um futuro mais feliz, privados dos erros cometidos

ACROBAT

If we do any research on the internet we can find lots of books and websites that talk about the meaning of dreams and what our mind or any supernatural force wants to tell us while we sleep. Well, I don’t think every dream is a message, of course. I really don’t believe in it. Most of what we see during the rest of our eyelids are intelligent stories written by our subconscious, which uses as raw material a mix of unconnected information. However, it is important to say that some dreams are truly revelation. Saturday night I had a curious dream. I was back to my childhood, conducted by a driver in a school bus (which, for years, brought me back home from school), with another kids, to somewhere that I don’t know. I was seated on one of the first benches next to the driver and there was a song being played on the radio. A song that I like very much, but, although created by a famous rock band: “Acrobat”, from U2. I am an U2 fan, and “Acrobat” is one of my favorite hymns from t

VENTOSO E EU

                        Ontem foi um dia triste. Ventoso, meu cão (e da minha família) faleceu, e hoje despertei com uma saudade doída. Por isso, resolvi escrever uma singela homenagem, que espero que seja mais do que um obituário. Pastor Alemão sempre foi a raça de cães que mais interesse gerou no meu pai. Meus pais, assim que vieram morar em Porto Alegre , em meados dos anos 80, tiveram uma (a Miusha), mas porque minha mãe estava grávida, quase me colocando no mundo, resolveram tirá-la da casa em que viviam (passou a cuidar do estabelecimento comercial de meu pai). Pouco depois, se não me engano, fugiu, e eles nunca mais a viram. Na verdade, acreditam que cachorra tenha sido adotada pelo Tio Chico, nosso professor de natação que mantinha uma escolinha no bairro Assunção. Lá havia uma cadela Pastor Alemão que fora encontrada na rua e que era, segundo eles, igual à Miusha, mas certeza mesmo, não havia. Existiam muitos cães parecidos a ela, que não era dotada de nenhuma

PAPELÃO

      Ontem, depois do desastrado anúncio de um plebiscito para aprovar a convocação de uma Assembleia Constituinte Exclusiva, a presidente Dilma, diante do massacre de críticas de todos os lados, recuou. Ponto para a democracia, a cidadania e às instituições, que, apesar dos pesares, ainda são fortes o suficiente para evitar medidas arbitrárias do Poder Executivo.       Ayres Britto, Ministro aposentado do STF, disse que Dilma tinha boas intenções no seu anúncio, mas que foi mal assessorada. A conclusão que tiro de toda essa situação é a seguinte: Dilma é apenas um instrumento, porque as verdadeiras intenções, os reais mentores, estão por trás. O oportunismo do momento em que tentaram a medida, ainda mais pelo meio anunciado (via plebiscito), visou à mobilização das massas em seu favor, mas isso não aconteceu, justamente porque o anseio não é por uma nova Constituição, mas pela efetivação do disposto na que temos. São medidas executivas, práticas, que precisam ser tomadas no âmbito

QUEREM MATAR A CONSTITUIÇÃO DE 1988!

            Não sou apenas eu quem teme pelo anunciado no título dessa postagem. Gente muito melhor, mais experiente, qualificada e respeitada tem a mesma opinião que esse humilde “ancião de nascença” que lhes escreve. Ontem falei sobre uma das ideias do Governador do Estado do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, para enfrentar/conter/satisfazer a onda de protestos: a necessidade de uma Assembleia Constituinte Exclusiva com o fim de se fazer uma reforma política. E não é que a nossa presidente curtiu a sugestão? Seu anúncio, ontem, de que será feito um plebiscito para consultar os cidadãos brasileiros sobre a formação da Assembleia Constituinte Exclusiva, causou repercussão muito negativa. Mais uma vez, observa-se um atentado, não apenas à democracia, mas a todos os direitos estabelecidos e possíveis de serem promovidos pela nossa Constituição de 1988.            É des necessária uma Constituinte Exclusiva para se atender ao anseio de se modificar o nosso sistema político. Ele pod

OPORTUNISMO, INTRIGA, INCOERÊNCIA E RISCO À DEMOCRACIA

Hoje, o governador do Estado do Rio Grande do Sul, em entrevista ao programa  “Gaúcha Atualidade”, da Rádio Gaúcha, defendeu, mais uma vez, a necessidade de uma Assembleia Constituinte Exclusiva para a Reforma Política necessária para o país. Engraçado três posicionamentos adotados por ele nos últimos dias: (i) ser porta-voz dos movimentos sociais em prol do passe livre; (ii) dizer que o vandalismo é feito apenas por grupos da extrema direita e "contratados" por estes; (iii) a necessidade  de uma Assembleia Constituinte Exclusiva. Pois bem, não é pouco dizer que sua manifestação revele seu oportunismo político, a incoerência entre suas palavras e ações, além da forma velada como busca espalhar intriga e desconfiança em relação aos pleitos dos protestos que ocorrem pelo Brasil. Isso sem falar na intenção de pular as etapas necessárias, mas legítimas, para implementar reformas na Constituição. Em relação ao primeiro ponto: uma semana atrás, o governador mostrou-s