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Postagens

Amor e Casamento (Rene Kvitz)

Recebi esse texto num e-mail. É atribuído a Rene Kvitz. "Venho me perguntando o que faz as pessoas optarem pelo casamento se contam com outras alternativas para a vida a dois. A justificativa mais comum para o casamento é o amor. Mas devemos considerar que amor é uma experiência cuja definição está em xeque não apenas pela quantidade enorme de casais que “já não se amam mais”, como também pelo número de pessoas que se amam, mas não conseguem viver juntas. Talvez por estas duas razões – o amor eterno enquanto dura e o amor incompetente para a convivência – nossa sociedade providenciou uma alternativa para suprir a necessidade afetiva das pessoas: relacionamentos temporários em detrimento do modelo indissolúvel. Mas, mesmo assim, o número de pessoas que optam pelo casamento em sua forma tradicional, do tipo “até que a morte vos separe” cresce a cada dia. Acredito que existe uma peça do quebra cabeça que pode dar sentido ao quadro. Trata-se da urgente necessid ade de desmistificar es

O Legado de Jonas

Uma rápida manifestação acerca da saída de Jonas, do Grêmio. Primeiro, apesar da multa ridícula estipulada quando da prorrogação contratual, é injusto dizer que a direção anterior errou. Sim, a multa era baixíssima, mas o fato é que permitiu a permanência do jogador no Olímpico até o fim de 2010, proporcionando ao clube um jogador que anotou mais de quarenta gols no ano passado, 23 somente no brasileirão. Isso sem falar nas assistências. Ou seja: graças ao atendimento à exigência de Jonas, o Grêmio teve um atacante de ponta durante todo o ano passado. Caso Jonas ouvisse um não na época da prorrogação, talvez não estivéssemos na libertadores desse ano. Assim, estou eximindo a direção anterior. No entanto, Jonas errou. E seu erro não foi a saída do Grêmio, mas abandonar o clube há dois dias de uma final, que é a pré-libertadores. Isso é falta de espírito de equipe e de respeito com o torcedor. A impressão é que Jonas sempre esperou o momento certo para se vingar daqueles que corneteavam-

Natal Despresepado

Hoje fui a um shopping e vi uma grande estrutura cheia de enfeites de natal. A tradicional praça do Papai Noel, tomada por pinheiros de natal, ursos polares, trens que levam a não-sei-onde, etc. Surpreendi-me com um presépio. Sim, senti-me surpreso, pois não tinha esperanças de encontrar a tradicional montagem cenográfica do nascimento de Jesus. Ora, mas não deveria ser o contrário? Não, e é sobre isso que hoje debruço-me sobre as teclas do computador. Dia desses eu assistia a um culto na igreja que frequento e, por ser tempo de natal, o pastor fez menção a algo óbvio, mas que merece ser falado cada vez mais: o capitalismo engoliu a data natalina. O Papai Noel, inspirado na figura real de São Nicolau, um religioso que, na época de Natal, ajudava os pobres, acabou sendo transformado na figura central dessa data e maquiavelicamente usado para instigar o espírito consumista por esses dias. Em vez dos pais ensinarem acerca da origem do feriado de Natal, a razão da data, preocupam-se simple

Exercício Virtual da Cidadania

Estou arrasado. Hoje à tarde ouvi pelo rádio uma terrível notícia, cujos detalhes conferi, em seguida, pela internet(http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1&section=Pol%EDtica&newsID=a3149633.xml): os deputados estaduais gaúchos aprovaram o aumento dos próprios salários em 73%. Isso significa que seus atuais vencimentos, que são de R$ 11,5 mil, ficarão fixados em R$ 20.042,34. Um adjetivo resume essa atitude: nojenta. E a população, protesta? Essa minha postagem é uma forma de protesto, mas como sei que ninguém vai lê-la, vale muito mais como um desabafo. Na página que indiquei, matéria da zerohora.com, há um comentário interessante: com a internet, muitos falam, há mais voz, a liberdade de expressão reina. No entanto, será que essa voz faz algum barulho? E será que a tal ampla liberdade de expressão tem algum poder? Acho, sinceramente, que não. Se os políticos não olham pela janela e veem aquela multidão pulsante, não terão motivos para arrepia

Um Partido Ainda Verde

Marina Silva e o PV foram coerentes e não apoiaram nem Serra nem Dilma. Todavia, na propaganda eleitoral de terça-feira, foi bizarro ver o Fernando Gabeira defendendo a candidatura de Serra, enquanto Gilberto Gil, a de Dilma. Vivemos numa democracia e não se pode proibir os políticos do partido A, B ou V a se manifestarem em favor de um candidato ou de outro, forçando-os à neutralidade pública. Contudo, trata-se de um erro político do PV que isso não tenha sido acertado internamente, pois enquanto a imagem do PV ganhava destaque com a neutralidade, pois coerente, encolhe com a "libertinagem opinativa" de seus membros. O que levou o PT ao poder e foi fortalecendo o partido durante os anos que antecederam a conquista do Brasil (sim, conquista, como demonstra a maioria de apoiadores nos estados e no congresso) foi a coerência de seus membros no campo das posições. O PT age quase sempre em bloco, e isso lhes conferiu certa identidade. Aqueles que resolveram dançar música di

Vale Tudo Eleitoral

Não mais me surpreendo com a sede pelo poder. Li há pouco que Dilma editou o seu programa de governo para esse segundo turno, dando maior atenção à defesa do meio ambiente e às liberdades religiosa e de imprensa. Nada como o risco de perder uma eleição e a coroa. O candidato José Serra, desde o início da campanha, já havia se manifestado sobre esses assuntos. Não vou afirmar que, ao manter suas posições iniciais, ele esteja sendo coerente, pois é possível que o posicionamento acerca desses temas tenha, desde o início, uma intenção eleitoreira. Todavia, nada mais eleitoreiro do que adaptar o programa de governo para o segundo turno das eleições apenas para conseguir apoio para se manter no poder. Política é assim mesmo: buscar a melhor forma de conciliar conflitos de interésses (o acento é proposital, lembrando o caudilho Brizola). Muitos dizem que na política os ideais e ideologias são prostituídos, mas o fato é que, se não houver negociações e concessões, restam dois caminhos: a corru

Pesquisas Eleitorais: um problema

Sou contra a divulgação dessas pesquisas. Verdadeiras ou não, elas influenciam, sim, o voto. Na verdade, essas pesquisas são verdadeiras, elas acontecem, mas é muito fácil manipulá-las. Ex.: faço uma pesquisa em cidades especificamente escolhidas por serem de maioria petista. É provável que a Dilma esteja na frente nessa pesquisa. Todavia, posso fazer a pesquisa em cidades-reduto do PSDB e o resultado será inverso. Depois, contribuem no que essas pesquisas? Sanar a nossa curiosidade? Isso é ridículo! É um fator que com certeza influencia o voto do povo. Dizer que a Dilma já é presidente por causa do resultado das pesquisas é a mesma coisa que dizer: "vou votar pra quê?". Sou contra a divulgação dessas pesquisas, ao menos em ano eleitoral, ou por um período mínimo anterior às eleições, como a partir do início oficial da campanha. Isso me lembra o debate Collor X Lula, em que, um dia depois de tal evento, quando houve a famosa edição do JN, foi divulgada uma esdrúxula pesquisa-