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BELEZA NOS DETALHES

  Esses dias, a amiga e cliente @t.arrais, cujo casamento realizei recentemente em Playa del Carmen, no México, ao postar seus agradecimentos a todos os profissionais envolvidos em seu matrimônio, mencionou a responsável pelos maravilhosos bem-casados da festa, a @fernandabeltramebemcasados . Como fui testemunha ocular e “papilar” das gostosuras, fiz questão de seguir o perfil e parabenizá-la. Ela me respondeu com a doçura de seus doces e disse que fora minha colega de faculdade quase vinte anos atrás! Lembrei-me na hora, pois o nome me era familiar. Uma grata coincidência que muito me alegrou!   Porém, a razão pela qual escrevo essa reflexão não é a apontada coincidência, mas os tais bem-casados. Além de excelentes, chamou-me a atenção a beleza dos detalhes, a preocupação com o capricho que ia desde o doce, em si, e, especialmente, com a embalagem, a qual continha as iniciais dos noivos em fontes estilizadas e delicadas. Um pequeno elemento que fez toda a diferença não apenas no enf

SÍMBOLOS PARA O BEM OU PARA O MAL?

  O que você vê ao enxergar algo? Essa é a pergunta trazida pelo filme “Número 23”, de 2007. Uma obra razoável, mas que traz uma provocação interessante a respeito do efeito que alguns símbolos podem causar em nossas vidas, e como podemos manipulá-los em nosso desfavor ou favor.   Estrelado por Jim Carrey, trata-se da história de um homem, Walter Sparrow (Carrey), que adquire um livro escrito por um tal “Topsy Kretts”. Nele, o narrador e protagonista se revela obcecado pelo tal número, enxergando-o em tudo, levando-o, inclusive, a cometer crimes. Sparrow percebe que muito da obra é inspirada em sua vida, iniciando uma investigação para encontrar o autor, ao mesmo tempo em que ele mesmo começa a ser consumido por uma paranoia referente ao número. A questão é: esse número, ou qualquer símbolo, é capaz de nos enlouquecer, ou são nossas mentes insanas ou simplesmente corrompidas que nele enxergam fantasmas e mentiras?   A verdade é que somos nós que dotamos algo de significado, convert

CRIPTOGRAFIA PELA VERDADE

  Há muitas incoerências na luta contra o grande mal da atualidade, e espero que vocês entendam o que digo.   Há um grande movimento em todo o mundo para a criação cidadãos de segunda classe. A promoção de uma poçãonização obrigatória para nos protegermos do Cão Vide é crescente, mas há grande, e justa, resistência, não por se tratar de uma poção, simplesmente, mas uma poção nova e em desenvolvimento. De forma disfarçada, não se obriga ninguém a se poçãonizar, mas restringem-se direitos básicos, como o de ir e vir, àqueles que não o fazem. Não quer a poçãozinha? Ok, então você está proibido de ir ao clube, ao cinema, ao shopping, ao supermercado, à escola, faculdade, a repartições públicas e assim por diante. Seja feliz isolado em casa e longe de tudo e todos.   Caso você não se sensibilize com essa aberração moral, então há um problema no seu coração, e falo sério, e se essas minhas palavras lhe ofendem, peço desculpas, mas olhe-se no espelho e reflita. Você realmente concorda com

MÁSCARAS E LEITE DERRAMADO*

  Diga o que você quer, me diga. Para onde leva a sua estrada? Me diga o que você quer da vida. Vamos, admita que é estar lá no alto, bajulado com seu terno engomado e seu sorriso em que nos chama de amados ao mesmo tempo em que fecha gôndolas de supermercados.   Tire a máscara que cobre a sua alma e oculta o seu ser e sua visão de poder. Ninguém quer no comando um bonitinho e falso consciente com desmandos inconsequentes, um adulto com espírito de criança mentirosa que ilude os que o ceram e os demais para ter sempre mais.   O importante é ser você. Mesmo que seja um tirano, seja você. Mesmo que seja de barro, seja você. Sim, um tirano que quer o poder. Isso é você. Sobre o seu caráter, diga a verdade e o distinga dos que defendem a liberdade. Que suas palavras sejam honestas com seus atos, pois o que sai de sua boca é traído pelos fatos, e não seja covarde ao ponto de culpar as crianças por eventuais fracassos.   Suas ações autoritárias e desprovidas de verdade macularão infânc

O QUE FAZER COM A CHEGADA DOS PRESENTES?

    O que é o tempo? Uma pergunta complicada, não? Mais difícil ainda é responder o que fazer com a chegada dos presentes trazidos por ele. Pois essa é a reflexão apresentada em “A Chegada”, de 2016, um filme original, inteligente, complexo e emocionante que nos contempla com uma lição para a vida.   Trata-se da história do que parece o início de uma invasão alienígena. Os humanos buscam entender as intenções daqueles que chegaram sem serem convidados. Assim, convocam uma graduada linguista, Louise (Amy Adams), para tentar traduzir as mensagens grunhidas pelas criaturas. Experiente, ela percebe que pela escrita a missão se mostraria mais viável, o que se revela exitoso. A dos aliens, ao contrário da humana, tem uma lógica espiralizada, ou seja, não se dá por frases com aparente início, meio e fim, mas através de símbolos que lembram espirais, e é a partir disso que se dá a grande mensagem do filme: o tempo não é linear, mas um grande espiral, não havendo passado ou futuro, mas apenas

BREVE RESENHA DE "EM BUSCA DE ANCAMUNG"

  A verdade está naquilo que ouvimos ou é preciso encontrá-la? E o que nos motiva a essa busca? Confirmar o que já entendemos como o certo ou ser exposto àquilo que realmente há?   Esse é o espírito por trás de “Em busca de Ancamung”, o primeiro volume da trilogia “A Armadura”, de Renan E. M. Guimarães. Trata-se da história de sete heróis convocados por um rei que, aliado ao grande líder religioso de um continente chamado Veliáquia, lhes dá a missão de encontrar a famosa espada Ancamung, a última parte integrante da poderosa Armadura de Emanon, uma vestimenta bélica forjada em nome das trevas e capaz de tornar aquele que a usar no ser mais poderoso da existência. Todas as suas peças já foram reunidas pelo maligno Mehdseh, e se ele conseguir a espada, tudo estará perdido, pois apenas sua lâmina seria capaz de destruí-la. Terá início uma corrida entre a luz e a escuridão, cuja linha de chegada trará não apenas vitória e derrota, mas, acima de tudo, a verdade.   Com personagens cativant

CRÔNICA DE UM NASCIMENTO

  Em vez de ser despertado pelos primeiros parabéns do alvorecer, o que escutei foram gemidos. Minha esposa disse que sofrera com dor por toda noite. Eram as contrações, estavam fortes. Senti um frio na espinha, a ansiedade me consumiu e pensei: “Ela vai nascer no dia do meu aniversário!”.   Horas depois, a obstetra, em consulta, revelou que sequer havia dilatação e que aquelas contrações eram meros “treinos”, os tais prodromos, pois ainda separadas por períodos relativamente longos, mas que deveríamos ficar atentos. O dia passou, meus pais conseguiram jantar conosco e deu para assoprar uma velinha pelos meus 36 anos e tirar foto com meu presente de aniversário, um inigualável busto do Mestre Yoda feito de MDF. Fomos dormir.   O amanhecer seguinte, dia em que se completaram 39 semanas de gestação, foi como o anterior, porém, mais doloroso. As contrações ainda não eram seguidas o suficiente para se enquadrarem tecnicamente como um trabalho de parto, mas a intensidade da dor era prog