Hoje é quinta-feira, e o #tbt vai para o livro Prisioneiros da Liberdade, o primeiro publicado por Rodrigo Constantino. Trata-se de uma mera coletânea de alguns de seus artigos e está longe de se tratar de uma obra-prima.Ela, porém, tem uma grande importância para mim.
No ano de 2009, a ganhei de meu amigo Carlos Ricardo (com quem não falo há anos, aliás). Quando a li, confesso que fiquei muito desconfortável, pois muitas das posições manifestadas por Constantino me pareceram “radicais” (na verdade, algumas delas até foram revistas pelo autor com o passar dos anos, o que é trabalhado no livro “Confissões de um Ex-Libertário”).
Cheio de razão, publiquei no antigo blog do autor (rodrigoconstantino.blogspot.com) uma extensa crítica (a reproduzi aqui), dizendo, em resumo, que muito da sua visão era inaplicável. Muitos dos seguidores do blog responderam, defendendo o escritor e suas posições, e afirmando que, infelizmente, alguns não conseguiam entender os fundamentos das ideias trazidas por ele. Na época, mantive minha posição, mas aquilo ficou fermentando na minha cabeça.
O tempo passou e comecei, anos depois, a acompanhá-lo na Veja, no site do Instituto Liberal, no seu novo blog e, mais tarde, na Gazeta do Povo. Foi ótimo quando criou o seu canal no YouTube e o ativou, o que o alçou a uma posição de eminente destaque na visão política e cultural conservadora e, para a economia, liberal. Porém, como ele mesmo admite, nunca foi um produtor de ideias, mas alguém que faz uma leitura da sociedade e, mais importante, promove ideias e seus autores, não só divulgando-os, mas resenhando muitas de suas obras.
Foi a partir dele que conheci Mises, Hayek, Roger Scruton, Jordan Peterson, Mathieu Bock-Côté, Edmund Burke, Milton Friedman, Thomas Sowell, Roberto Campos e tantos outros.
Para ser sincero, Prisioneiros da Liberdade, se analisado isoladamente, não tem nada demais, mas, para mim, representou uma despretensiosa chave que abriu a minha cabeça para receber grandes ideias, grandes pensadores, pessoas que, por suas palavras, contribuíram muito para a minha visão de mundo e para a busca pela verdade.
Nesse natal, dê um livro para alguém querido. Ele pode ficar esquecido num canto, empoeirado, passado adiante, jogado fora ou ajudar a manter o monitor do computador na altura certa. Não importa. Apesar de todos esses destinos possíveis, há outro: ser a chave para libertar alguma mente prisioneira e levá-la a caminhos por ela nunca imaginados.
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